Os capixabas que estão ansiosos para pegar um voo para o exterior no Aeroporto de Vitória podem preparar o bolso. Isso porque, além das passagens, que pelo menos no caso do primeiro voo, para Buenos Aires, na Argentina, ainda não tiveram o valor divulgado, os passageiros terão que arcar com uma tarifa de embarque para o aeroporto três vezes e meio maior que a taxa de embarque para voos nacionais.
Enquanto o passageiro de voo doméstico que embarca em Vitória precisa pagar R$ 32,95, se os voos do Espírito Santo para o exterior começassem hoje os passageiros teriam que pagar R$ 124,15*, que é a tarifa de embarque internacional atual dos maiores aeroportos da Infraero, grupo que inclui o Eurico de Aguiar Salles.
[*ERRAMOS: inicialmente informamos que a taxa seria de R$ 115,82. Entretanto, na verdade, o valor seria de R$ 124,15]
O fato de ser uma taxa mais elevada se repete nos demais aeroportos do país, já que o passageiro internacional demanda mais serviços, como outra inspeção e fiscalização de órgãos como Receita Federal e Polícia Federal. Isso além de ser um público com maior potencial para gastar. A internacionalização do aeroporto de Vitória foi confirmada nesta terça (5).
Esse valor inclui a tarifa que será repassada à administradora do aeroporto, de R$ 58,35, e um adicional de US$ 18, cobrança extra criada em 1999 para voos internacionais que serve para abastecer o Fundo Nacional de Aviação Civil (FNAC), criado em 2011 para financiar melhorias na infraestrutura aeroportuária. Esse extra hoje corresponde ao valor R$ 57,47.
A confirmação do valor que será pago para embarcar para o exterior - se será mesmo R$ 124,15 - vai depender da data que as rotas internacionais começarem a operar. Isso por três motivos.
O primeiro é que esse valor pode cair para menos da metade. O governo federal prepara uma medida provisória para retirar a cobrança do adicional do FNAC, o que deixaria a tarifa internacional, a preço de hoje, em apenas R$ 58,35. Se a rota iniciar a operação após essa MP sair, o valor sairá mais em conta.
O segundo é que está previsto para janeiro um reajuste nas tarifas, com correção pela inflação, que deve elevar o preço.
E o terceiro e principal é que após a Aeroportos do Sudeste do Brasil (ASeB), subsidiária da suíça Zurich, assumir efetivamente a gestão do terminal capixaba, o que está previsto para o início de 2020, as tarifas devem ser recalculadas de acordo com a estratégia da companhia, seguindo novos critérios de receita-teto pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
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