A venda da nova gasolina brasileira, com padrão europeu, passa a valer nesta segunda-feira (3) pelos postos. O combustível que será comercializado, segundo normas da Agência Nacional de Petróleo (ANP), terá mais qualidade para garantir mais eficiência energética para os automóveis.
De acordo com Resolução nº 807/2020 da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), a partir desta segunda (03), toda a gasolina produzida no país e importada deverá atender às novas especificações. Porém, foi dado o prazo adicional de 60 dias para as distribuidoras e de 90 dias para os revendedores se adequarem, permitindo o escoamento de possíveis produtos comercializados até domingo (2/8) ainda sem atender integralmente às novas características dareguladora.
O novo combustível terá o papel de garantir menos consumo e mais segurança para o usuário. A ideia é que com o novo composto se reduza os casos de adulteração. Porém, o produto deve chegar às bombas com um preço um pouco mais salgado que o atual. Entenda o porquê.
As novas regras exigem que sejam seguidas especificações da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP). A mudança, definida em janeiro deste ano, tem como missão preencher brechas que autorizavam refinarias e importadores a venderem produtos com menor qualidade.
As normas agora estabelecem uma massa específica mínima e um valor mínimo de octanagem RON para a gasolina, o que vai aproximar o produto ao padrão dos Estados Unidos e da Europa.
O valor mínimo será de 92 agora em agosto e passará para 93 em janeiro de 2022. Em outros países, como os europeus, por exemplo, o RON é de 95. De acordo com as novas determinações da ANP, para a gasolina premium ou aditivada, o RON terá que ser de 97 já em agosto deste ano.
Segundo a Petrobras, as suas refinarias têm produzido e comercializado aos distribuidores a gasolina com octanagem RON 93, que passa a ser obrigatória a partir de janeiro de 2022. A petroleira resolveu antecipar a qualidade. Então, parte da gasolina que será vendida no país já atenderá aos critérios previstos para daqui a um ano e meio.
A especificação, tanto para a gasolina comum como para as premium, vai ter como vantagem a redução do consumo, permitindo maior eficiência energética, ou seja, o carro vai rodar mais quilômetros por litro, o que dará maior proteção aos motores.
Para chegar a esse novo produto, as refinarias da Petrobras precisaram ser adaptadas, já que produziam combustíveis com RON menor daquele que será obrigatório.
O engenheiro mecânico e sócio da Garage Web Engenharia de Veículos, Walter Abramides, explicou em entrevista no final de junho para A Gazeta que a gasolina com um fator de octanagem maior aumenta a performance do carro. No Brasil, quando se usa uma gasolina podium é possível perceber essa diferença, porque o refino é feito de uma forma diferente, que favorece um aproveitamento maior da queima do combustível, analisa.
Com informações de agências
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