A venda de veículos no Espírito Santo aumentou 7,56% em 2019, em comparação com o ano anterior. O número de novos emplacamentos, segundo o Sindicato das Concessionárias e Distribuidoras de Veículos do Espírito Santo (Sincodives), foi o maior em quatro anos no Estado. Ao todo, foram 71 mil emplacamentos em 2019 contra 65 mil em 2018.
Segundo o diretor do Sincodives, José Francisco Costa, a crise econômica fez reduzir em quase 50% a venda de veículos no Brasil desde 2014. Ele afirma que o setor vem crescendo de forma modesta e sustentada nos últimos dois anos. "Tivemos juros mais baixos e uma oferta de crédito maior, o que também é muito importante, pois a maioria dos veículos é financiado. Só não foi maior (o crescimento) porque tivemos algumas incertezas com relação à economia do país", diz.
A alta foi capitaneada pelo aumento nas vendas de motocicletas. Foram vendidas, em 2019, 30% mais motos que o ano anterior. Costa explica que, como o país ainda está se recuperando da crise, os consumidores têm optado por alternativas de veículos que são mais econômicas, como a motocicleta. "A aquisição é mais barata, o emplacamento também. Além disso, o consumo de combustível é menor."
Ele enfatiza ainda a popularização dos serviços de entrega por aplicativos, com Uber Eats e iFood, por exemplo. "É uma febre e contribuiu demais para o aumento nas vendas de motocicletas", diz.
Em contrapartida, a venda de carros sofreu uma leve queda entre 2018 e 2019. Para o especialista, como ainda há muitos desempregados no país ou pessoas na informalidade, a população ainda não tem confiança para fazer o volume de dívidas necessário para adquirir um carro.
O setor de ônibus também teve alta no Estado, impulsionado pela renovação das frotas de transporte público. Este ano, o Espírito Santo adquiriu 200 ônibus com ar condicionado e internet wi-fi, que já começaram a circular. A compra contribuiu para o aumento de 45% nas vendas dessa modalidade de veículo.
Para o próximo ano, a expectativa do setor é de que o crescimento nas vendas de veículos seja ainda maior. "Com a projeção de baixa inadimplência, juros ainda menores e baixa inflação, esperamos que o aumento das vendas ultrapasse os 8% em 2020", afirma o diretor.
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