As vendas do comércio varejista no Espírito Santo cresceram 2,1% em agosto, dando sequência à tendência de recuperação observada em julho. Já na comparação com agosto de 2019, o crescimento foi de 9,2%. Para o oitavo mês do ano, o resultado é o melhor em seis anos.
O resultado é puxado pelas vendas de móveis, que cresceram 27,4% em agosto deste ano, em comparação com o mesmo mês de 2019. Apesar de o setor apresentar retração de -2,6% no ano, em 12 meses, cresceu 3,7%, segundo a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira (8) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O comércio de tecidos, vestuário e calçados está se recuperando, e teve crescimento de 18,6% na comparação com agosto de 2019. No acumulado do ano, o segmento teve retração de 10,5%, e, em 12 meses, recuou 3,5%.
Hipermercados e supermercados também registraram aumento de vendas, com alta de 13,5% em agosto, na comparação com o mesmo período do ano passado. O crescimento tem, inclusive, levado alguns supermercados a limitar o volume de produtos que podem ser adquiridos pelos clientes. No ano, o segmento acumula crescimento de 12%. Em 12 meses, 8,4%.
Refletindo a suspensão das aulas presenciais, até então, a venda de produtos como livros, jornais, revistas e material de papelaria, por outro lado, teve desempenho negativo de 30,3% na comparação com agosto de 2019.
O comércio varejista ampliado, que inclui além do varejo as atividades de veículos, motos, partes e peças e segmento de material de construção, teve crescimento de 6,5%, em relação a julho, na série com ajuste sazonal, puxado pelo aumento de vendas de materiais de construção, que cresceram 106,8% no período, e 45,1% no ano.
Na comparação com agosto de 2019, o comércio varejista ampliado no Estado cresceu 12,2%. No ano, apresenta leve retração, com desempenho negativo de 0,6%. Em 12 meses, cresceu 1,5%.
O comércio varejista cresceu 3,4% no Brasil em agosto, na comparação com julho. É a quarta alta mensal seguida, após quedas influenciadas pela pandemia em março e abril. Com o resultado, o setor atinge o maior patamar de vendas desde 2000, ficando 2,6% acima do recorde anterior, de outubro de 2014.
Na comparação com agosto de 2019, o comércio cresceu 6,1%, terceiro resultado positivo consecutivo. No acumulado do ano, o setor registrou menor ritmo de queda (-0,9%), enquanto nos últimos 12 meses, acumula crescimento de 0,5%, após três meses de estabilidade.
Entre as atividades que apresentaram maior crescimento estão tecidos, vestuário e calçados (30,5%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (10,4%), móveis e eletrodomésticos (4,6%), equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,5%) e combustíveis e lubrificantes (1,3%).
O volume de vendas do comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, teve alta de 4,6% em relação a julho, reduzindo o ritmo de crescimento com relação ao mês anterior (7,1%). Veículos, motos, partes e peças cresceu 8,8% e material de construção registrou aumento de 3,6%, ambos, respectivamente, após 12,3% e 5,9% registrados no mês anterior.
Frente a agosto de 2019, houve aumento de 3,9%, segunda taxa positiva consecutiva. No acumulado do ano, o varejo ampliado soma recuo de 5%. O acumulado em 12 meses, ao passar de -1,9% até julho para -1,7% até agosto, também apontou leve melhora no ritmo de venda.
* Com informações de agências
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