No dia 19 de maio de 2020, o governo federal começou o pagamento da primeira de três parcelas do auxílio emergencial por causa da crise do coronavírus. O valor de R$ 600 ou R$ 1,2 mil é pago a trabalhadores autônomos com rendas informais ou microempreendedores individuais (MEI), a quem não tem renda ou está inscrito no Cadastro Único (CadÚnico). Ao longo dos últimos meses, A Gazeta vem acompanhando a história de pessoas que lutam para ter seu direito atendido, mas que não conseguem. (Assista aos depoimentos no vídeo acima)
O Tribunal de Contas da União (TCU) estima que 8,1 milhões de pessoas conseguiram receber irregularmente o benefício, entre militares, foragidos da Justiça, trabalhadores formais e famílias de classe alta. Enquanto isso, outras milhões não tiveram acesso a nenhum centavo, mesmo tendo direito. O prazo para pedir o auxílio termina no dia 2 de julho.
Ao negar o benefício, o governo alega que essas pessoas estão empregadas, são funcionárias públicas e até mesmo político eleito. Mas, na prática, quem briga pelo auxílio passa por necessidade.
A maior briga dessas pessoas não é apenas para conseguir receber, mas também para ter a quem recorrer. Todos os dias, elas procuram informações de todas as formas que podem e se reúnem em grupos de WhatsApp para discutir e auxiliar uns aos outros. Elas pedem uma resposta que não tem prazo. Enquanto isso, as contas não param de chegar e o dinheiro que ainda resta vai acabando.
Em nota, o Ministério da Cidadania afirma que para concessão do auxílio emergencial, o sistema do Dataprev realiza conferência das informações enviadas pelas pessoas em um conjunto de bases de dados governamentais que possuem características e finalidades diferentes e que estão sob gestão de diversos órgãos. Segundo o órgão, é possível contestar a não liberação do benefício diretamente no aplicativo da Caixa.
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