A VLI — companhia de soluções logísticas que opera portos, ferrovias e terminais — vai adquirir nove locomotivas para atender ao aumento da demanda por transporte de cargas no corredor Centro-Leste da companhia. Nesse trecho passam insumos e produtos da indústria siderúrgica, do agronegócio, carvão, fertilizantes, combustível e celulose, tudo escoado em direção ao sistema portuário do Espírito Santo.
Entre as demandas, fluxos iniciados recentemente pela companhia, como o transporte de celulose solúvel para a LD Celulose, em um contrato que prevê a movimentação de 500 mil toneladas anuais do material, produzido no Triângulo Mineiro, até o porto de Barra do Riacho, em Aracruz. Somente para esse contrato, a VLI investiu R$ 400 milhões na compra de vagões e locomotivas.
Já o contrato para a aquisição das nove locomotivas — modelo ES-43BBI, da Wabtec, que irão se juntar à frota premium da companhia para o transporte de cargas na FCA (Ferrovia Centro-Atlântica) — foi fechado nesta terça-feira (28) e movimenta cerca de R$ 200 milhões. A previsão é de que as primeiras máquinas sejam entregues em até 18 meses.
“A aquisição das locomotivas reforça nosso compromisso com os clientes que transportam suas cargas pela Ferrovia Centro-Atlântica em direção aos portos do Espírito Santo e a capacidade do nosso time de cocriar soluções para gerar eficiência", afirma Fábio Marchiori, CEO interino da VLI e diretor de Finanças, Supply Chain e Serviços da companhia.
Marchiori ressalta ainda que este negócio representa mais uma contribuição da VLI para o desenvolvimento da indústria ferroviária nacional, o que também acontecerá uma vez concluído o processo de renovação antecipada da concessão da Ferrovia Centro-Atlântica, em virtude da necessidade do incremento da frota atual para atender ao aumento do volume de carga esperado com a renovação.
A VLI ainda estuda novos investimentos e oportunidades para aumentar os volumes transportados aos portos do Espírito Santo. Exemplo disso é o recente anúncio de um memorando de entendimento com a Vports (antiga Codesa) para obras de expansão do novo Porto de Vitória, visando aumentar o volume de cargas escoado pelo local. O documento assume que os estudos a serem realizados em conjunto podem concluir pela existência de uma oportunidade para investimentos em ferrovia, porto e terminais que atinjam até R$ 200 milhões.
O estudo estima um aumento de cerca de 5 milhões de toneladas de granéis sólidos minerais e vegetais à matriz de carga atual nos fluxos de importação e exportação do Estado. Para dar vazão a este aumento de volumes transportados, a VLI também analisará oportunamente a necessidade de aquisição de novos vagões e locomotivas.
Atualmente, a VLI movimenta cerca de 25 milhões de toneladas anuais nos portos e ferrovias do Estado, com cargas que trafegam pela FCA, em Minas Gerais, e pela Estrada de Ferro Vitória a Minas, onde a VLI opera por direito de passagem, para acesso aos portos do Espírito Santo.
A operação portuária atual é concentrada nos terminais de Praia Mole, de Granéis Líquidos e de Produtos Diversos, instalados no Complexo Portuário de Tubarão. No entanto, a empresa acredita no crescimento deste corredor e estuda novas oportunidades portuárias públicas e privadas em território capixaba.
Com informações da VLI
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