Duas mil pessoas participaram, na tarde deste domingo (01), da abertura da Campanha da Fraternidade na Arquidiocese de Vitória. O tema deste ano é Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso, com o lema Viu, sentiu compaixão e cuidou dele. O evento foi dividido em seis atos para chamar a atenção para os problemas sociais e suas vítimas.
A concentração começou por volta das 15 horas, na Catedral de Vitória. Depois, todos os participantes saíram pelas ruas da Capital. Saindo da Catedral, os fiéis partiram para o 1 º Ato no Viaduto Caramuru, onde foi lembrada a Parábola do Bom Samaritano fundamentos bíblicos e teológicos para a prática da Caridade.
O 2º Ato aconteceu na Escadaria do Posto de Saúde do Centro e foi dedicado a relembrar o drama e os direitos de quem vive nas ruas pobreza, desemprego, fome, sucateamento das políticas sociais, congelamento dos gastos públicos, bem como a negação dos direitos a idosos. O 3º Ato foi realizado na Escadaria Anchieta, enfatizando os problemas da Segurança Pública e do Sistema Prisional; o genocídio e a violação dos direitos da juventude negra e da população de rua.
Na Praça Oito, o 4º Ato teve como objetivo sensibilizar os fiéis sobre as vidas diversas que precisam de cuidado e atenção. No 5º Ato, realizado na Praça Costa Pereira, foi ressaltado a agressão à natureza, denunciando um sistema que explora, mata e comete crimes ambientais.
O governador Renato Casagrande participou da peregrinação pelas ruas do Centro e falou da importância da campanha. "A desigualdade que temos no País e o aumento no número de pessoas na extrema pobreza mostram sim a necessidade de políticas públicas, mas também a necessidade de os cristãos terem caridade. A Campanha da Fraternidade é importante para que nós possamos olhar para o próximo", afirmou o governador.
O vigário do Vicariato para a Ação Social, Política e Ecumênica da Arquidiocese de Vitória, padre Kelder Brandão, afirmou que a adesão à campanha mostra que há pessoas comprometidas "a cuidar da vida humana que se encontra ameaçada no Espírito Santo e no País".
Ele chamou atenção ainda para as pessoas que são invisibilizadas, principalmente pela violência. "Precisamos olhar para a juventude de negra, as mulheres, os homoafetivos, os povos tradicionais, os moradores de rua e os moradores de periferia que sofrem com a criminalização da pobreza. A campanha mostra que tem muita gente comprometida e é possível sim deixarmos um mundo melhor para as gerações futuras", ressaltou.
O 6º e último ato aconteceu na Praça Getúlio Vargas. Arcebispo de Vitória, Dom Dario Campos, afirmou que a campanha é um chamado da Igreja Católica e de Jesus para que os cristãos sejam bons samaritanos.
"É o momento de despertar a consciência evangélica. A Campanha da Fraternidade é a Igreja convidando para cada um cuidar do seu irmão e da sua irmã, em especial os mais necessitados. O resultado é este aí: uma multidão nesta caminhada. O sentimento é de gratidão em Deus em despertar em cada um de nós a responsabilidade pelo cuidado", afirmou Dom Dario Campos.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta