Um avião de pequeno porte caiu em cima de uma loja de material de construção em Guarapari, na Região Metropolitana de Vitória, na tarde desta quarta-feira (19). De acordo com a Polícia Militar, havia duas pessoas dentro da aeronave. Uma delas morreu no local do acidente e a outra foi socorrida com ferimentos graves.
A queda aconteceu por volta das 15h40, no bairro Aeroporto. Às 16h15, o Corpo de Bombeiros confirmou a morte do co-piloto do avião, identificado como Fabiano. Já o piloto Luciano Ferreira de Souza teve 80% do corpo queimado. Inicialmente ele foi atendido no local pelo SAMU, mas transferido por meio de um helicóptero para o Hospital Jayme dos Santos Neves, na Serra. O estado de saúde dele é grave.
O tenente-coronel Carlos Wagner chegou a confirmar à TV Gazeta que Fabiano, vítima socorrida com vida, teria morrido. Em seguida, ele recuou, e disse que Fabiano havia sido reanimado e encaminhado ao hospital.
A aeronave que caiu é um monotor modelo Cherokee 180. Segundo a Prefeitura de Guarapari, o avião tinha como destino Vitória. O plano de voo foi feito junto à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
O piloto Gustavo Mateus foi quem entregou a aeronave para Luciano. Ele relatou que o avião estava em um bom estado e que o condutor tinha experiência. Luciano é proprietário de uma escola de aviação em Vitória. "O avião estava decolando de Guarapari. Era uma Cherokee 180 e o piloto tinha habilitação e experiência. Estava em fase de compra do antigo dono para ele, estava com este piloto há duas semanas. A manutenção estava em dia, entreguei há duas semanas para o condutor de hoje", disse.
O acidente será investigado pelo Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos SERIPA III, ligado à Aeronáutica.
No momento em que o avião caiu sobre a loja, cerca de 100 funcionários trabalhavam no local. O dono do estabelecimento, Thiago Taves, descreveu como o acidente aconteceu.
O avião desviou da igreja, chegou quebrando o telhado e se chocou com o escritório. Ficaram dois funcionários presos na parte de cima, onde o avião bloqueou a saída. Conseguimos tirá-los pela janela do lado oposto ao local onde pegou fogo. Quanto ao trabalho dos bombeiros foi fundamental o apoio dos funcionários, como a gente tem loja de material de construção, com produtos inflamáveis, temos um sistema de bomba para quando ocorre esse tipo de coisa. A bomba pressurizada e duas caixas dágua foram essenciais para apagar o fogo e não deixar se alastrar pelos galpões, explicou.
Um comerciante de uma loja de automóveis, Furlan Veículos, instalada a 50 metros do local da queda, disse ter visto o momento em que o avião caiu. "Eu estava olhando para o lado direito da loja. Vi que o avião já tinha começado a decolar, mas começou a balançar e caiu. Estava ventando muito na hora", relatou.
Paloma Bayer, moradora da região, contou que estava em casa na hora em que o avião caiu. "Escutamos um barulho e a construção toda tremeu, por isso saímos da casa e já tinha muita gente e fumaça na rua. Fiquei preocupada pois já trabalhei na escola de aviação, por isso achei que fosse algum amigo meu, mas depois vi que era outra vítima. A polícia chegou e pediu para nos afastarmos da área. Nunca tive medo, nunca vi nada parecido. O Corpo de Bombeiros chegou em um minuto".
A rua onde o acidente aconteceu foi fechada pelo Corpo de Bombeiros, com auxílio da Polícia Militar. O corpo de Fabiano foi recolhido por volta das 19h e encaminhado para o Departamento Médico Legal (DML) de Vitória, para ser identificado e para ser feito o exame cadavérico. O sobrenome dele não foi divulgado pela polícia.
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