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Alerta no ES: em um ano, dobra o número de mortes por dengue

Alerta no ES: em um ano, dobra o número de mortes por dengue

Segundo especialista, aumento das mortes está relacionado a volta do da circulação do sorotipo 2 do vírus. Chances de morte aumentam para quem já teve a doença

Publicado em 16 de dezembro de 2019 às 13:24

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Mosquito Aedes aegypti, responsável pela transmissão dos vírus da dengue, febre chikungunya e Zika . (Agência Brasil)

A dengue já foi responsável pela morte de 41 pessoas no Espírito Santo em 2019. O número é duas vezes maior do que o registrado no ano anterior: foram 18 mortes em 2018. Esse aumento que acompanha o crescimento dos casos confirmados da doença. Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), em 2018 foram 16.338 notificações confirmadas da doença. Já em 2019, esse número alcançou 77.838 casos,  quase cinco vezes mais confirmações se comparar com o ano anterior.

A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em ambientes com água limpa e parada. Esse vírus possui quatro tipos diferentes: sorotipos 1, 2, 3 e 4, que apresentam materiais genéticos distintos. De acordo com a médica infectologista Rúbia Miossi, um dos principais fatores para o aumento das mortes é a volta da circulação do sorotipo 2.

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Há muito tempo no Espírito Santo só circulava o sorotipo 1. Mas, no ano passado, foi reintroduzido o sorotipo 2, que pode ter retornado por meio de uma pessoa contaminada que tenha vindo de outro Estado

Rúbia Miossi
Médica infectologista
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A médica detalha que a pessoa que contrai a dengue sorotipo 1 não vai ter esse mesmo sorotipo novamente. Isso porque o corpo produz anticorpos, que o imuniza do mesmo tipo da doença. Porém, com a volta da circulação do sorotipo 2, a pessoa pode ter dengue novamente com sintomas mais severos, o que aumenta o risco de morte.

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Se a pessoa já teve a dengue sorotipo 1, ter o sorotipo 2 aumenta mais o risco de óbito. Isso porque quando você pega dengue pela segunda vez, seu corpo vai responder mais e essa resposta maior pode fazer com que o organismo evolua mal

Rúbia Miossi
Médica infectologista
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A médica ressalta ainda que a dengue hemorrágica é forma mais grave da doença. “A febre hemorrágica é quando a parte líquida do sangue, o plasma, sai dos vasos sanguíneos e vai para lugares que não deveria ir, como o pulmão. A pressão cai bastante e falta líquido, dificultando a oxigenação de órgãos vitais, como o coração e os rins, levando à falência múltipla de órgãos”, conclui.

SINTOMAS E TRATAMENTO

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A médica infectologista Rúbia Miossi ressalta que, em fase febril inicial é difícil diferenciar a dengue de outras doenças. Porém, as pessoas devem ficar atentas ao verificar se a febre vem acompanhada de dor de cabeça, principalmente atrás dos olhos, dores no corpo e articulações que o impeçam de realizar atividades do dia a dia, vômitos e náuseas. A orientação, segundo a infectologista, é procurar um médico. Dependendo da gravidade dos sintomas, ela firma que a pessoa infectada deverá ser internada.

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