Cerca de 25 tartarugas são encontradas mortas por semana por grupos de ambientalistas de Vitória por causa de redes de pesca em locais proibidos. A prefeitura da Capital já apreendeu, só neste ano, quase 20 mil metros de redes em sete operações de combate à pesca ilegal no município, em parceria com órgãos ambientais.
O subsecretário de Meio Ambiente de Vitória, Ademir Barbosa, explica que a fiscalização é feita nos locais onde há proibição de pesca. Essa área de proteção ambiental é chamada de Baía das Tartarugas e se estende desde o Porto de Tubarão até o Farol de Santa Luzia.
Nós temos uma fiscalização e uma parceria com a Polícia Militar Ambiental, Polícia Federal e Capitania dos Portos e estamos sempre na água para fazer essas operações de apreensão de redes e pescadores que estão nesse local, explicou Barbosa.
Um grupo de ambientalistas que atua na Grande Vitória disse que chega a encontrar de 20 a 25 tartarugas mortas por semana.
O ambientalista Rafael Braga é de um projeto ambiental que faz trabalhos de limpeza no litoral. Ele contou que muitas dessas tartarugas são encontradas mortas nos locais onde é proibido colocar redes de pesca.
A quantidade de tartarugas que a gente encontra presas a essas redes é gigantesca. De três anos para cá, que a gente intensificou essa área de combate, a gente encontra em torno de 25 tartarugas mortas por semana. Elas estão encalhadas nas praias ou presas em redes, revelou Braga.
As mortes das tartarugas acontecem porque, por ter pulmões e precisarem ir até a superfície para respirar, quando elas ficam agarradas em uma rede de pesca, não conseguem subir e morrem afogadas.
Um grupo de praticantes de canoa havaiana encontraram animais mortos em uma rede de pesca. A rede estava armada entre as ilhas do Boi e do Frade. Tartarugas, peixes e até uma arraia ficaram presos na malha.
Foi no final de uma aula, por volta de 7h, que a gente encontrou uma tartaruga boiando e a gente decidiu parar e voltar para tentar salvar, mas ela já estava morta, contou o professor de canoa havaiana Victor Negrão.
*Com informações de Leandro Tedesco, da TV Gazeta
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