Os radiantes dias do verão, e de férias para muita gente, são também os mais propensos para desenvolver conjuntivite e gastroenterite. Segundo especialistas, a busca por unidades de saúde devido a essas doenças sempre aumenta nesta época do ano e, o começo de 2020, não está sendo diferente.
"É uma estação em que estamos mais expostos a vírus e bactérias, saímos da rotina de alimentação e também ficamos mais expostos ao sol", observa o gastroenterologista Felipe Bertollo. Conheça essas duas doenças, como evitá-las e como tratá-las.
A gastroenterite é uma inflamação ou infecção do estômago e do intestino, com origem de vírus ou bactéria. Ela provoca náusea, vômito e diarreia. Quando falamos do verão, a alimentação é a principal forma de se contaminar. "A maionese do restaurante, o gelo de água não filtrada ou a comida mal armazenada são exemplos de alimentos que temos que ficar atentos, pois não sabemos a origem", exemplifica Bertollo.
Outro fator que ajuda a espalhar a gastroenterite é a falta de higiene. "O cuidado de lavar as mãos antes de comer ou colocá-las na boca é necessário, pois é por meio das mãos que as bactérias penetram no tubo digestivo. Também deve-se evitar grandes aglomerações, pois uma pessoa doente pode transmitir para quem estiver próximo", aponta o gastroenterologista Aureo Paoliello, que é membro da Sociedade de Gastroenterologia do Espírito Santo.
Os médicos afirmam que, geralmente, a hidratação em casa com ingestão de líquidos, como água, água de coco, sucos, somada a uma alimentação equilibrada, podem ser tratamentos caseiros. "Geralmente são auto-limitadas, com início, meio e fim, entre dois e três dias. Alguns remédios prescritos por médicos podem ajudar com o vômito ou a diarreia. Se não reduzir a diarreia, torna-se necessária a reposição de líquido intravenosa, ou seja, ir para o hospital e, se for bacteriana, a aplicação de antibióticos para curar a gastroenterite", alerta Paoliello. Também é necessário repouso.
Vermelhidão, coceira, secreção nos olhos e a sensação de ter areia dentro deles são os sintomas da conjuntivite. Mas por que ela aparece mais no verão? "A aglomeração de pessoas, o contato maior devido às férias, somado ao calor que colabora para que a bactéria e o vírus se proliferem. Por isso, uma das formas de tratar é colocar um algodão com água boricada gelada nos olhos quando tiver os sintomas", explica o oftalmologista Carlos Bonadiman.
O calor intenso também colabora. "A exposição prolongada ao sol, dias quentes, contribuem para que a imunidade fique mais baixa e, assim, aumentam as chances de desenvolver a doença. Além disso, há a irritação nos olhos, provocada pelo contato com a água do mar e da piscina, sol e vento", destaca Liliana Nóbrega Cordeiro, médica oftalmologista.
A conjuntivite viral tem duração entre cinco e sete dias, podendo ter os sintomas minimizados com a ajuda de soro e água boricada gelada e colírios lubrificantes. Se for conjuntivite provocada por bactéria, é necessário o uso de antibióticos. "A orientação é que procure um médico assim que os sintomas aparecerem", sugere Liliana.
A principal ajuda para evitar o contágio da conjuntivite é a atitude mais simples: lavar as mãos. "Não se transmite pelo ar, mas sim pelo contato com objetos e alimentos. Não tem essa de 'se olhar para quem tem conjuntivite, pega'", desmistifica Bonadiman.
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta