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Aos 12 anos, ela já é veterana nos projetos sociais

Aos 12 anos, ela já é veterana nos projetos sociais

Marina Campos desde os 5 está envolvida com ações engajadas. Já lançou livro e distribuiu material escolar. E quer mais: criar um "colégio móvel" de reforço escolar #somoscapixabas

Publicado em 1 de setembro de 2018 às 22:30

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Aos 5 anos idade, a pequena Marina Campos Cunico ficou sabendo que sua prima havia perdido o cabelo e morrido em razão de um câncer. Diante da situação, ela cortou os longos cabelos para doar para quem passava pela mesma situação e, desde então, se engajou em iniciativas e projetos para ajudar o próximo, sobretudo as crianças mais carentes.

Hoje com 12 anos, Marina faz e ensina a fazer o bem. Depois de doar o cabelo, ela tomou frente em várias ações e atualmente está à frente do que ela chama de uma “teia do bem”, atraindo donativos e pessoas que querem ajudar em seus projetos.

Um deles é a doação de mochilas e kits escolares a crianças que não têm recursos para adquirir um bom material. Todo início de ano, são 360 mochilas doadas com material.

“Eu escolho doações de materiais e monto os kits, e compra as mochilas com dinheiro doado também. Todo começo de ano eu recolho e tenho cuidado de separar os kits de acordo com o que a criança gosta e pela idade para ela realmente gostar”, conta.

Marina Campos Cunico, 12 anos, lançou livro, ganhou prêmios e participa de vários projetos sociais voltados a crianças. (Bernardo Coutinho)

Ela ainda faz ações de reciclagem, doando o dinheiro arrecadado para famílias carentes, e criou a “Lojinha da Marina”, onde pessoas contribuem com roupas e calçados em bom estado, e crianças humildes fazem oficinas, ganham uma moeda de troca chamada de “amor real” e “compram” as roupas.

“Tem criança que não tem direito de ter o sapato do tamanho certo, da cor que gosta, sendo que eu posso escolher o que quiser. Quando percebi isso, fiquei triste e chocada, daí a ideia da lojinha, que sempre atrai muitas crianças”, diz. Tamanha solidariedade vem de berço: a mãe, Fabiana Franco, sempre foi envolvida com causas sociais e ajudou a criar o movimento Outubro Rosa, da Associação Feminina de Educação e Combate ao Câncer (Afecc).

Surpreendendo e dando verdadeiras lições desde cedo, Marina já ganhou prêmios pelos seus projetos e até teve um selecionado para participar de um comercial de TV. No ano passado, lançou o livro “Minha Vida”, contando suas histórias para o público infantil. A publicação, que é adaptada para deficientes visuais e auditivos, teve renda revertida para a Santa Casa de Misericórdia.

Para o futuro, a pequena sonha ainda mais alto. Quer criar a “Escolinha da Marina”, com um caminhão de reforço escolar itinerante nas periferias.

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Escolho doações de materiais, monto os kits e compro as mochilas com dinheiro doado também. Tenho cuidado de separar os kits de acordo com o que a criança gosta e pela idade

Marina Campos, estudante, 12 anos
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Apesar das iniciativas, ela afirma ser uma criança normal. “Eu brinco, vou à escola e ao shopping com minhas amigas. Só tenho um hobbie a mais e estou cumprindo meu dever como cidadã.”

Como não poderia ser diferente, ela indicou como capixaba que merece destaque outra engajada em melhorar a vida das crianças: a professora Luciene Pratti Chagas, coordenadora do Grupo Musical Serenata.

Quem é Luciene Pratti Chagas

Capixaba de Aracruz e professora da rede municipal de Educação de Vitória, ela encontrou na música uma forma de melhorar a qualidade de vida das crianças, criando há oito anos o projeto Serenata, no Bairro do Quadro, em Vitória. Hoje são 65 crianças da comunidade entre 4 e 18 anos que fazem as aulas de canto e se apresentam quando o grupo é convidado. “É a música como uma alternativa, uma possibilidade de vida feliz”, resume.

Quer ver algum capixaba contar sua história neste espaço? Escreva para [email protected]

 

 

 

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