O expediente administrativo e as aulas na Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), em Vitória, devem voltar ao normal nesta segunda-feira. É o que garante a instituição, por meio de nota, após viver uma semana de tensão.
Na última terça-feira (18), uma ameaça supostamente postada em um fórum da deep web levou medo aos estudantes. Nela, o autor disse que iria "matar o máximo de esquerdistas, feministas, 'viados' (sic) e negros que encontrasse pela frente" na quarta-feira (19), dentro da instituição.
Segundo a Ufes, tanto as aulas quanto as atividades acadêmicas e administrativas "funcionarão normalmente nesta segunda (24) e serão mantidas durante o dia." A Ufes também declarou que a segurança não será reforçada, como na semana passada, mas contará ainda com o apoio da Polícia Militar, devido a um convênio firmado entre as instituições - como já acontecia.
A Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) foi demandada, mas disse que toda a investigação é feita pela Polícia Federal. A PF também foi procurada, mas não respondeu até o momento.
PÂNICO
Desde terça (18) à noite, equipes da Polícia Militar fazem patrulhamento no local. Na manhã da última quarta-feira (19), a polícia continuou na Universidade Federal do Espírito Santo após as ameaças. Pelo menos duas viaturas do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção(Nuroc) e uma da Polícia Militar estavam no local.
Com a circulação das ameaças, alunos e professores ficaram com medo de frequentar o local. Na quarta-feira (19), a movimentação foi menor na Ufes. No Centro de Ciências Jurídicas e Econômicas (CCJE), as sala estavam vazias. Em uma delas, só tinha o professor.
"Nós sabemos que pode gerar pânico nessas atividades e, o ambiente que nós estamos construindo, é justamente para que isso não persista e o pânico não se instale junto à comunidade universitária e seus familiares", disse o reitor na data.
O reitor não soube dizer se já há alguma pista sobre os autores da ameaças. Segundo Centoducatte, a orientação que a universidade recebeu de órgãos de segurança foi manter as atividades. "Nós, a partir das conversas, tomamos a decisão enquanto gestão da nossa universidade".
Com informações de Eduardo Dias, da Rádio CBN Vitória
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