Uma saga que começou em 2014 ganha contornos finais, com o término das obras de ampliação de uma das mais importantes vias da Capital.
Prazos que se estendem desde 2014, uma sequência de fatos que tentam justificar os atrasos, impactos no comércio ao redor e um enredo que tem como personagens principais o governo do Estado e a esperança do cidadão em usufruir de melhorias na mobilidade urbana na capital do Espírito Santo. As obras de modernização e ampliação da Avenida Leitão da Silva, devem ser entregues nos próximos dias, dando um desfecho feliz a uma novela que se estende há mais de cinco anos.
Quem passa agora pelos quase 3 quilômetros da via com seis pistas (três de cada lado), ciclovia central sinalizada e comércio movimentado respira aliviado por poder, finalmente, usufruir de uma das mais importantes vias da Capital depois de viver uma novela com contornos dramáticos e que parecia interminável.
De responsabilidade do Departamento de Estradas e Rodagem do Espírito Santo (DER-ES), a primeira promessa referente à avenida foi em 2014, ano de início dos trabalhos. Na época, o prazo dado para o término das intervenções seria meados de 2015.
A partir daí, a população passou a acompanhar, capítulo após capítulo, uma série de promessas e suas justificativas. Obra complexa, revisão do projeto original com o aumento de galerias para evitar os históricos alagamentos, reestruturação no sistema de saneamento, impasses entre administrações municipal e estadual entram na lista de explicações para o adiamento da entrega.
Com isso, as datas para o fim da saga Leitão da Silva se acumularam durante os últimos anos: foram pelo menos oito prazos dados. E frustados. Em abril deste ano, as obras começaram, finalmente, a ganhar mais fôlego e entrar na reta final, com a liberação do primeiro trecho no bairro Itararé, entre a Rua Dona Maria Rosa e a Rua das Palmeiras.
No início deste mês, o governador Renato Casagrande foi às redes sociais dar o tão esperado anúncio: a avenida seria inaugurada em 24 de novembro. No entanto, desta vez, foram as chuvas que impediram que a data fosse cumprida. A cidade já superou a média mensal de chuvas, e já pudemos observar que os trabalhos de macrodrenagem na via obtiveram o sucesso já esperado, mas para conclusão das finalizações das obras, a empresa contratada precisa de alguns dias de tempo seco, informou o DER por meio de nota.
O atraso nas obras gerou um prejuízo enorme ao comércio da região, que abrange bairros como Andorinhas, Itararé, Gurigica, Santa Lúcia, São Benedito, Praia do Suá e Bento Ferreira. Nos últimos anos, 42 lojas foram fechadas e mais de 200 funcionários foram demitidos devido à queda de movimentação de clientes após o início das obras.
Agora, com a finalização da ampliação e modernização da Avenida, os comerciantes estão otimistas com a volta da movimentação de clientes. Segundo Wellington Gonçalves das Santos, Presidente da Associação das Empresas da Avenida Leitão da Silva, seis novos empreendimentos foram abertos nos últimos cinco meses.
Com a liberação da via e com os ônibus passando no local, os comerciantes estão mais animados. Estabelecimentos como padaria, outlet, lojas de móveis, dentre outros foram abertos e a expectativa é ainda maior para os próximos meses, destaca.
Faltando retoques finais, a população também não vê a hora de a avenida estar 100% pronta. Que bom. Demorou, mas terminou. Vai melhorar para todos, afirmou Adriano Sante Nascimento.
Esse é o custo final da obra de ampliação e de modernização da avenida. O orçamento inicial, em 2014, era de R$ 50 milhões
Grande parte do custo da reforma da Leitão da Silva foi para macrodrenagem, totalizando 5 km de galerias
Durante as obras, o comércio foi o mais afetado, obrigando empresários a fecharem as portas. Agora, lojas voltam a abrir na avenida
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