A noite de terça-feira (12) foi diferente para os soldados Damasceno e Scamparle. Graças aos policiais militares, a pequena Sofia, de apenas 20 dias, está bem. A menina, moradora no Bairro das Laranjeiras, na região da Grande Jacaraípe, na Serra, engasgou com o leite e deixou a mãe desesperada.
A mulher gritou por socorro na varanda de casa e foi atendida pelos militares, que faziam o policiamento no bairro. O soldado Scamparle utilizou a técnica de Heimlich para fazer a criança cuspir o leite e voltar a respirar.
Esta técnica de primeiros socorros é ensinada aos policiais durante o Curso de Formação e é utilizada em casos de emergência por asfixia, provocada por um pedaço de comida ou qualquer tipo de corpo estranho que fique entalado nas vias respiratórias, impedindo a pessoa de respirar. Nesta manobra, utilizam-se as mãos para fazer pressão sobre o diafragma da pessoa engasgada, o que provoca uma tosse forçada, que faz com que o objeto seja expulso dos pulmões.
De acordo com o soldado, quando ele e o amigo chegaram encontraram a mãe Andréia Souza da Conceição dos Santos, de 35 anos, o pai Flávio Severino Faria da Silva, de 40 anos, e outros familiares em completo desespero. Policial militar há cinco anos, Damasceno diz que essa foi a primeira vez que participou de um resgate como esse, mas que engasgo em crianças pequenas são comuns.
"Encontramos a família inteira com a criança em casa, todos desesperados, chorando muito. Nesses casos tem que procurar manter a calma e fazer essa primeira manobra, massagear as costas devagar e a criança naturalmente vai expelir o liquido. Passou 20 segundos e não resolveu, aí é tapar a boca e o nariz da criança com a sua boca, tentar sugar o líquido e cuspir. Tem que ser feito de forma rápida e na sequência chama o socorro. É comum acontecer, e geralmente as pessoas acabam até conseguindo resolver, só que de forma errada", explica o soldado.
Nesta quarta-feira (13), a pequena Sofia, que já está bem, deve visitar o pediatra para uma consulta. "Só de poder ajudar o próximo, principalmente um recém-nascido, é muito gratificante. Foi muito emocionante. Ficamos muito felizes de conseguir ajudar", concluiu o soldado Damasceno.
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