Sempre que o número de casos de dengue dispara, aumenta também a quantidade de boatos sobre a doença e as formas de prevenção — o que acaba atrapalhando o combate ao mosquito e até prejudicando a recuperação dos infectados (afinal alguns medicamentos são extremamente contraindicados).
Um dos boatos que geralmente se espalha é sobre uma falsa recomendação da Vigilância Sanitária, que estaria pedindo para a população colocar meio copo de cloro e também uma colher de sal em todos os ralos da residência.
Roberto Laterriere, que era o coordenador do Programa Estadual de Combate ao Mosquito Aedes Aegypti à época desta reportagem, o uso do cloro não é muito eficiente e a recomendação, na verdade, é que se utilize o Pyriproxyfen, um inseticida químico que mata as larvas do mosquito e tem autorização para uso em água potável.
"O indicado é que se utilize os produtos recomendados pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para água de consumo humano. Esses produtos são licenciados e são autorizados. E eles têm o poder de residualidade muito maior do que o cloro", explicou. Roberto ainda foi enfático: "Esse uso do cloro não tem eficiência comprovada nesse tipo de combate".
Ele recomenda que a população faça a eliminação mecânica (recolhendo lixo, limpando recipientes) uma vez por semana para fazer o controle do ciclo biológico do transmissor da dengue e de outras doenças. O que não está restrito apenas aos ralos domésticos.
A melhor forma de prevenção da dengue é evitar a proliferação do mosquito Aedes Aegypti, eliminando água armazenada que podem se tornar possíveis criadouros, como em vasos de plantas, pneus, garrafas plásticas, piscinas sem uso e sem manutenção, e até mesmo em recipientes pequenos, como tampas de garrafas.
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