O estado do metalúrgico capixaba Luiz Felippe Teles Ribeiro, de 37 anos - contaminado pela substância dietilenoglicol encontrada em amostras da cerveja Belorizontina, da cervejaria Backer, em Minas Gerais - continua gravíssimo e instável.
De acordo com Edílson Júnior, amigo de Luiz que também é capixaba e reside em Belo Horizonte, em casa ao lado da residência do metalúrgico, no bairro Buritis, Luiz Felippe está fazendo hemodiálise, não abre os olhos, teve as pernas e os braços paralisados, sofreu paralisia facial e teve parte do sistema neurológico afetado. Além disso, contraiu uma forte infecção hospitalar.
"Somos amigos há cerca de 20 anos e fizemos faculdade de Engenharia Metalúrgica em Ouro Preto/MG. O Luiz está internado no CTI do Hospital Unimed Contorno, recebendo três visitas por dia. Seu médico me repassou que o quadro se agravou por conta de uma infecção hospitalar. Luiz Felipe não está em coma, mas não consegue abrir os olhos. A família foi informada que ele pode ouvir e sentir as pessoas que estão ao redor", afirma Edílson, dizendo que os pais de Luiz Felippe, que moram no Espírito Santo, já estão em Belo Horizonte para acompanhar a recuperação do filho.
A família está de luto, pois além do caso gravíssimo de Luiz Fellipe, participou do sepultamento de Paschoal Demartini Filho, 55, sogro do capixaba que também foi contaminado após ingerir a cerveja e morreu na quinta-feira (9). Paschoal foi enterrado em Ubá/MG, na manhã de sexta (10).
Edílson Júnior deu detalhes sobre a contaminação de Luiz Felippe Teles Ribeiro e do sogro. "Temos o hábito semanal de fazer um churrasco à beira da piscina. Os dois ingeriram a cerveja Belorizontina em um desses encontros, em 23 de dezembro. A esposa de Luiz, Camila, também tomou a bebida, mas em quantidades menores e não foi contaminada. Deveria ter participado, mas estava no Espírito Santo na época. Quando retornei a Minas Gerais, meu amigo já estava internado após passar muito mal por conta da bebida", explica.
O amigo do metalúrgico afirma que a cervejaria Backer ainda não procurou a família para prestar assistência. "Por enquanto, não estamos preocupados com isso. Queremos centrar as nossas forças na ajuda da recuperação de Luiz Felippe", ressalta, dizendo que ainda não há planos por parte dos familiares de acionar a empresa judicialmente. "O caso está sob investigação da Polícia Civil de Minas Gerais. Esperamos transparência, mas nenhuma ação vai trazer a volta de Paschoal ou mesmo a recuperação plena de Luiz Felipe", lamenta.
A reportagem entrou em contato com a Backer, mas ainda não teve retorno.
Amigos e familiares do metalúrgico fazem campanha pedindo doações de sangue para Luiz Felippe Telles Ribeiro. Quem puder ajudar, pode procurar a Vita Hemoterapia, no bairro Barro Preto, em Belo Horizonte, Minas Gerais. As doações podem ser feitas de segunda a sexta-feira (das 7h30 às 16h) e também aos sábados (8h às 13h). Todos os tipos sanguíneos são aceitos.
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