Três integrantes da mesma família foram presos, nesta sexta-feira (18), acusados de comercializar carne de cachorro na feira de Guarapari. Segundo a polícia, na residência, totalmente insalubre, foram encontrados mais de 50 animais, sendo eles 10 gatos, um papagaio, e o restante cachorros. A polícia afirma que os cachorros sofriam maus-tratos, eram abatidos e depois vendidos. A família também é suspeita de fazer linguiça com as carnes dos animais mortos.
Segundo o delegado Marcelo Santiago, titular da Delegacia de Infrações Penais e Outras (Dipo) de Guarapari, os cachorros eram mortos na casa e a carne deles era vendida em Guarapari. Maurício Hott Peixoto, Ângela Débora Seraphin Lopes e Ana Carolina Seraphin Hott Peixoto foram presos nesta tarde, em Balneário de Meaípe, no município. A operação foi conjunta com a Polícia Militar.
Segundo a tenente da Polícia Militar, Clicia, tinham 52 animais na residência entre cães e gatos. A detenção ocorreu depois de denúncias de populares. "As denúncias acontecem desde 2015, mas a gente não conseguia recolher provas. Hoje foi possível pegar", disse.
O delegado informou que os cachorros ficavam dentro da residência da família. "Eles ficavam junto com a família. Parte deles no quarto do casal, outros na sala e mais deles divididos em cômodos", destacou.
Marcelo Santiago contou ainda que outra pessoa estaria envolvida no crime. "Essa família mantinha os animais em casa, fazia a retirada da carne e vendia para uma terceira pessoa que estaria vendendo a carne na feira da região. Além disso, temos informações de que além da venda, eles também faziam linguiça com as carnes. Agora precisamos saber se eles passavam in natura ou se também fabricavam a linguiça", detalhou.
A tenente informou que, no local, a equipe encontrou diversas ossadas de animais que podem ser de gatos e cachorros mortos. "Eram diversos sacos de ração que estavam cheios de ossos", contou.
A família foi encaminhada à Delegacia de Guarapari. O delegado pontuou que em seguida eles serão encaminhados ao Centro de Detenção Provisória de Guarapari.
Ao ser detida, a família falou para a polícia que eles eram protetores dos animais e por isso tinham tantos gatos e cachorros na residência. "Não acreditamos nessa versão. De longe já tínhamos provas suficientes para saber que se tratava de crime. Além disso, os animais não tinham ração, nem água. As fezes e urinas estavam espalhados por todo lugar", relatou o delegado.
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