ATUALIZAÇÃO: Na noite desta segunda-feira (02), a família do médico Francisco Mazzini, que estava internado desde a última quarta-feira (26), em um hospital em Cancún, no México, informou que o médico teve falência múltipla de órgãos e morreu.
O caso do médico capixaba Francisco Mazzini, 66, que está internado em estado grave depois de contrair uma bactéria após cortar o braço em um coral enquanto nadava, é raríssimo. A avaliação é do oceanógrafo, coordenador de Pesquisas do Projeto Coral Vivo e pesquisador do Instituto Oceanográfico da Universidade de São Paulo (USP) Miguel Mies.
Mazzini foi passar o carnaval em Cancún, com a esposa, a pediatra Rachel Acha Mazzini. De acordo com ela, eles estavam nadando quando o médico esbarrou em uma pedra onde havia um coral e cortou superficialmente o braço, no último sábado (22). Como o ferimento era leve, o casal continuou a viagem normalmente. Contudo, dias depois, Mazzini começou a apresentar sintomas de infecção.
De acordo com Mies, normalmente para chegar a este ponto, o corte deve ser bastante profundo. É preciso entender bem como tudo aconteceu. No meio aquático tem muita bactéria em rochas, areia, peixes e nos corais, mas em cortes superficiais não costumam acontecer muitos problemas, comentou.
De acordo com o infectologista Lauro Ferreira Pinto, existem alguns microorganismos que as pessoas podem adquirir ao entrar em contato com corais. Claro que se existe uma doença de base, o risco pode ser ainda maior, mas pode acontecer com qualquer um, disse. Segundo o filho do médico, Enzo Acha Mazzini, Francisco é diabético.
Também infectologista, Crispim Cerutti Junior avalia que vários fatores devem ter contribuído para que a infecção ficasse mais grave. É um evento fortuito. São múltiplos fatores que fazem com que a situação chegue a esse ponto, pondera Crispim.
Segundo Enzo Acha Mazzini, filho do cirurgião, o estado do pai ainda é considerado grave. Ele contraiu uma bactéria após cortar o braço num coral, e segue tomando antibióticos e fazendo hemodiálise, além de medicamentos que mantêm a pressão sanguínea sob controle. Contudo, para o filho, que também é médico, a situação do pai é difícil de ser revertida.
Ele está lá aguentando até hoje. Cheguei a pensar de que ele poderia ter ido a óbito, pela gravidade do quadro, mas ele se mantém vivo ainda, não sei como. Ele era diabético, já teve algumas infecções, mas nada nesse grau de gravidade, afirma.
Na sexta-feira (28), o filho mais novo do casal, Rafael Acha Mazzini, foi para o México acompanhar a situação do pai. A família calcula que as despesas médicas já chegam a cerca de R$ 250 mil. Preocupados em manter o tratamento, eles pedem a ajuda de amigos e familiares.
"Desde que ele foi internado, eu já tive que fazer dois depósitos em quantias muito altas. Eles estão prestes a me pedir um terceiro depósito, mas ninguém tem esse dinheiro assim na mão, sem vender nada. Estamos contando com a ajuda da classe médica do Espírito Santo e da família, e peço que quem puder, que contribua com qualquer quantia. Peço também orações para meu marido, porque sabemos que o estado é crítico", pediu Rachel, esposa do médico. Mazzini trabalha como cirurgião em hospitais públicos e particulares da Grande Vitória.
1- Enzo Acha Mazzini (CPF 095.577.827-14)- Banco Banestes, Ag. 0271, Conta Corrente 233.7172-7
2- Victo Acha Mazzini (CPF 105.969.197-35)- Banco Santander, Ag. 3345, Conta Corrente 01007639-9/ Sicoob, Ag. 3008, Conta Corrente 105.924-6
3- Rachel Duarte Acha Mazzini (CPF 488.994.887-20- Banco Itaú, Ag. 7074, Conta Corrente 28239-8
4 - Também é possível doar por meio da vaquinha virtual no link: https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-kiko-mazzini
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