Os recursos dos advogados dos seis acusados pela morte da médica Milena Gottardi foram negados nesta quarta-feira (17) pela 2° Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES). Dessa vez, eles foram analisados em segunda instância pelos desembargadores Adalto Dias Tristão, Fernando Estevam Bravin Ruy e Ezequiel Turíbio.
Esses mesmos recursos já foram julgados em primeira instância pelo juiz da primeira Vara Criminal de Vitória Marcos Pereira Sanches e negados. Os acusados questionam a pronúncia feita pelo próprio juiz no processo que vai julgar os responsáveis pela morte da médica.
O assistente de acusação Renan Sales disse que recebeu a notícia com tranquilidade. Já acreditávamos na decisão pelas provas produzidas no processo. Acredito que o júri popular seja marcado ainda neste ano. Os advogados ainda podem recorrer aos tribunais superiores, mas isso não impede de marcar a data porque esses recursos, em regra não possuem efeito suspensivo, diz
RECURSOS
Os advogados ainda podem recorrer ao Superior Tribunal de Justiça e Supremo Tribunal Federal. O advogado de defesa de Dionathas Alves e Bruno Broetto, Leonardo Rocha, disse que ainda não sabe se irá recorrer, Eu irei analisar a decisão, pontua.
O advogado de Valcir Dias, Adoniran Lopes, também disse que irá analisar a decisão. Ainda vamos analisar com calma antes de tomar uma decisão, disse. O advogado de Hermenegildo Palaoro Filho, David Passos, acredita que não irá recorrer. "A decisão será tomada junto ao meu cliente", pontuou.
Já o advogado de defesa de Esperidião Frasson, Hiran Luiz da Silva, disse que irá recorrer. Vou recorrer no Superior Tribunal de Justiça para provar a inocência do meu cliente, disse. O advogado de Hilário Frasson, Leonardo Gagno, também foi procurado, mas ainda não retornou as ligações.
O CRIME
No dia 14 de setembro de 2017, a médica foi baleada na cabeça, no estacionamento do Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em Vitória. Ela tinha acabado de sair do trabalho e estava acompanhada de uma amiga quando foi surpreendida por um homem que simulou um assalto. A morte foi declarada no dia seguinte.
O policial civil Hilário e o pai dele, Esperidião, foram denunciados como mandantes do crime. Eles teriam contratado dois intermediários, Hermenegildo e Valcir, para ajudar no crime e contratar um atirador. Dionathas é apontado como a pessoa que realizou o disparo. Ele, por sua vez, solicitou ao cunhado Bruno uma moto, que foi usada no crime.
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