Produtores rurais colhem prejuízos com as chuvas fortes que não cessam no Espírito Santo há mais de uma semana. Com sítios invadidos pela água, agricultores chegaram a perder quase toda a lavoura na região Serrana.
As estradas cheias de lama levam também esses produtores a terem dificuldade para escoar a produção. A Ceasa (Centrais de Abastecimento do Espírito Santo), em Cariacica, na Grande Vitória, pode começar a ter desabastecimento de alguns alimentos, como tomate e repolho, segundo agricultores ouvidos pela reportagem.
Os preços cobrados na Ceasa também começam a disparar e podem aumentar ainda mais nas próximas semanas. Os alimentos que mais registraram aumento nos últimos dias foram a vagem rasteira, em 140%, e o chuchu, em 80%.
Produtor rural de Domingos Martins, região Serrana do Estado, Márcio José Volkers ainda não conseguiu contabilizar o prejuízo após perder boa parte da lavoura. "Barreira caiu e arrancou a lavoura de banana e aipim e estradas, que arrancou também", contou.
Também de Domingos Martins, José Pianzoli teme perder toda a produção de tomate. "Daqui 15 dias vai dar falta. Agora o pessoal está empurrando tomate do jeito que está, mas daqui 15 dias vai faltar repolho, tomate e pimentão"
A região Serrana não é a única afetada. No Sul do Estado, em Piúma, Genilson Batista calcula que pode perder até 20 mil frutos de abacaxi nas próximas semanas.
"Por causa da terra molhada não vai ter como entrar o caminhão na roça para fazer colheita do abacaxi e não consegue escoar a produção daqueles abacaxis que estão amadurecendo. O produto muito maduro não serve para o mercado", lamenta.
Procurada, a Ceasa informou que ainda não houve diminuição na oferta dos alimentos vendidos, mas que continuará acompanhando a movimentação. No Estado, mais de 1,8 mil pessoas continuam foram de suas casas por causas das chuvas, entre desalojados e desabrigados. Quatro pessoas morreram por causa dos temporais.
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