O ciclone com características subtropicais formado na altura do norte do Rio de Janeiro e entre a costa do Espírito Santo com o Estado carioca, foi reclassificado pelo Centro de Hidrografia da Marinha nesta segunda-feira (20) como Tempestade Subtropical "Jaguar". O fenômeno foi renomeado após o órgão observar, por volta das 11h desta data, que os ventos passaram a ter a intensidade máxima de 65 km/h (35 nós). Os impactos do fenômeno como grandes ondas e ventania podem refletir no Espírito Santo.
Ainda assim, a Marinha observa que são esperados ventos "duros" assim chamados por conta da velocidade que podem atingir que poderão chegar a 85 km/h em alto-mar até a quinta-feira (23) pela manhã nos setores Leste e Sul do ciclone. Ainda há previsão de mar grosso a muito grosso, com alturas de ondas entre 3 e 5 metros em alto-mar até o dia 20 à noite no litoral capixaba. Toda condição de tempo severo provocada por esse sistema ocorrerá principalmente em alto-mar, junto com chuvas intensas.
Acionada pelo Gazeta Online, a Marinha do Brasil explicou que "ciclone" é o termo técnico para todo centro de baixa pressão atmosférica. O fenômeno "Tempestade Substropical" é um centro de baixa e, portanto, um ciclone. Sendo assim, existem diversas classificações de ciclone.
1. Quanto à sua estrutura vertical, podem ser extratropicais (os mais comuns nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, associados a frentes frias), os tropicais (também conhecidos como furacões no Oceano Atlântico, tufões no Pacífico e ciclones no Índico, este último que causa confusão com o termo técnico ciclone) e subtropicais (tem características das duas categorias anteriores).
2. Quanto à intensidade dos ventos, o ciclone subtropical é chamado de Depressão quando os ventos mantidos atingem até 63 km/h (34 nós) ou de Tempestade quando maior. Pela norma brasileira, o ciclone é nomeado se atingir a classificação de Tempestade.
Frisando, o ciclone em alto-mar, nas proximidades da costa do Estado do Rio de Janeiro, se formou na noite de domingo (19) e foi imediatamente classificado como Depressão Subtropical porque havia ventos de 55 km/h (30 nós). Às 11h desta segunda-feira (20), foram observados ventos com a intensidade máxima de 65 km/h (35 nós). O ciclone foi então reclassificado como Tempestade Tropical Jaguar.
"É importante ressaltar que todos esses fenômenos, independentemente da classificação, podem provocar ventos muito intensos e prejuízos. Por isso, recomenda-se atenção aos avisos e previsões", alerta a Marinha.
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