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Ciclovia, mirante e mais faixas: entenda as mudanças na Terceira Ponte

Ciclovia, mirante e mais faixas: entenda as mudanças na Terceira Ponte

Avaliado em R$ 100 milhões, o projeto de ampliação da mobilidade da Terceira Ponte, que liga as cidades de Vila Velha e Vitória, deverá ser concluído em três anos

Publicado em 21 de agosto de 2019 às 19:18

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Governo do ES anuncia obras para melhoria no fluxo da Terceira Ponte. (Fernando Madeira)

Avaliado em R$ 100 milhões, o projeto de ampliação da mobilidade da Terceira Ponte, que liga as cidades de Vila Velha e Vitória, deverá ser concluído em três anos. Porém, a expectativa é de que na metade do prazo uma das ciclovias já esteja liberada para uso. O projeto contempla ciclovias, mais duas faixas, muro de proteção de prevenção a suicídios e até um mirante.

As ciclovias serão formadas por estruturas metálicas instaladas para fora das duas laterais da plataforma de concreto da Terceira Ponte. A parte de concreto, onde fica o asfalto, será totalmente usado para os veículos circularem. Devem ser usados mais de 4 mil toneladas de aço. 

Cada via para bicicletas terá três metros de largura, contando assim com duas faixas. A ciclovia ficará abaixo da altura da mureta metálica de onde ficam os veículos, não permitindo com que o ciclista visualize os carros da via e que os motoristas não percam a visibilidade das paisagens ao redor da Terceira Ponte.

BARREIRA DE PROTEÇÃO

A barreira de proteção para evitar suicídios ficará nas margens das ciclovias. “Usando a plataforma da ciclovia, a barreira de proteção será formada por um gradio antiescalada. Com três metros de altura, esta estrutura foi pensada para que dê segurança sem dar sensação de confinamento”, explicou Fábio Damasceno, secretário de Estado de Mobilidade e Infraestrutura. O projeto foi apresentado ontem, no Palácio Anchieta.

TURISMO

O novo projeto inclui um mirante, que ficará localizado próximo ao vão central. A estrutura será cercada de vidro, mas manterá a altura da barreira de proteção que será instalada na via de ligação entre Vitória e Vila Velha.

Inicialmente, a forma de acessar a ciclofaixa será controlada. A ideia inicial é de que seja por meio do bilhete único do GVBus, sem pedágio, e com videomonitoramento. “A ciclovia também vai ser a proteção anti-suicídio, por isso chamamos de Ciclovia da Vida, mas precisamos fazer esse monitoramento de quem acessa essa ciclofaixa”, pontuou o governador Renato Casagrande.

O governo do Estado fará duas reuniões públicas nos dias 27 e 28 de agosto para apresentar e debater os projetos com a sociedade em Vitória e em Vila Velha. Os locais serão divulgados nos próximos dias.

AMPLIAÇÃO DE FAIXAS

No quesito mobilidade de veículos, a previsão é de que a ponte passe a ter mais duas faixas para veículos, além das quatro já existentes. Para isso, a mureta de concreto que hoje divide os sentidos dos veículos será reduzida de espessura mais da metade, passando de 1,43 m para 0,60 m.

Atualmente, 4 mil veículos passam por hora sobre a ponte por sentido. A previsão é que esse número chegue a 5400 carros. “O objetivo é ter a máxima utilização da via com um fluxo contínuo de veículo, possibilitando um aumento de 35% de circulação de veículos na mesma velocidade de hoje, que é de 80 km/h”, disse o secretário.

LICITAÇÃO

A expectativa do Governo do Estado é de que até o início do próximo ano a empresa que seja escolhida a empresa que realizará a obra. A abertura da licitação será em outubro, segundo a SEMOB. O valor da obra será custeado pelo Banco Nacional do Desenvolvimento (BNDES). “O contrato será em Regime Diferenciado de Contratações Públicas, ou seja, sem aditivos no preço de obra, por exemplo”, observou Damasceno.

“Conseguimos unir os investimentos necessários para a proteção das pessoas, anti-suicídio, a ampliação da ponte e a ciclovia, que era o sonho de ciclistas. Esta obra é necessária para a região metropolitana que hoje trava o trânsito”, pontuou o governador Renato Casagrande.

> Barreira de proteção na Terceira Ponte não é consenso entre leitores

OBRAS X FUNCIONAMENTO

A Terceira Ponte não pode parar durante três anos. E nem vai, segundo afirma o secretário Fábio Damasceno. "As obras acontecerão já sem as muretas centrais de concreto. Assim, quatro faixas continuarão sendo mantidas, enquanto a ciclovia é construída primeiro de um lado da ponte e depois do outro", explicou.

COMO É HOJE

- 4 faixas para veículos: duas em cada sentido

- Acesso somente para veículos

- Mureta de concreto nas laterais

- Sem barreiras de proteção para evitar suicídios

- Sem mirante

COMO DEVERÁ FICAR

- Seis faixas para veículos: três em cada sentido

- Faixa exclusiva para ônibus e carros públicos

- Duas ciclovias uma em cada lado da ponte

- Acesso para ciclistas e motoristas

- Barreiras metálicas de proteção para evitar suicídios

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- Mirante próximo ao vão central

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