A Força Nacional começou a atuar nesta sexta-feira em Cariacica, na Grande Vitória. O município, que tem mais de 300 mil moradores, é uma das cinco cidades no Brasil a fazer parte do projeto-piloto
, para enfrentar crimes violentos. O projeto foi lançado nesta semana pelo presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro.
A tropa em Cariacica tem 100 integrantes e vai atuar em conjunto com a Polícia Federal, a Polícia Rodoviária Federal e a Polícia Militar. O foco será o combate aos casos de feminicídio, homicídio e latrocínio.
Chefes do tráfico e homicidas serão alvo de operações da Força Nacional, que vai patrulhar 28 bairros da cidade. A tropa ostensiva em Cariacica é comandada pela major Naíma Amarante, de 40 anos, que ingressou na Polícia Militar em 2004.
Antes de integrar as fileiras da Força Nacional, ela ocupava o subcomando do Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças da PM de Santa Catarina.
>"Atuamos com base nos direitos humanos", diz major da Força Nacional
Mesmo com esse caráter de atuação ostensiva e repressiva, a comandante garante que a atuação dos policiais será pautada pelo respeito aos direitos humanos.
A gente vem para atuar pela paz, a gente não vem para abuso de autoridade de forma alguma. Todo policial militar que vem para Força Nacional precisa passar por um curso de nivelamento e dentro desse curso o foco é o respeito aos direitos humanos. Nosso foco é salvar vidas, afirma Naíma Amarante.
Dos 100 agentes da Força Nacional, 80 militares vão fazer o patrulhamento na ruas e 20 são da polícia judiciária e vai cuidar da investigação e perícia. O grupamento vai ficar no município por quatro meses e terá à disposição 20 viaturas, 100 fuzis de calibre .556 e 100 pistolas .40. Na Força Nacional, há policiais treinados como atiradores de elite (snipers). Além de Cariacica, os outros quatro municípios brasileiros que receberam a Força Nacional são Ananindeua, no Pará; Paulista, em Pernambuco; Goiânia, capital de Goiás; e São José dos Pinhais.
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