O Espírito Santo acabou de registrar o primeiro caso suspeito de coronavírus, na Serra. É fundamental o planejamento dos governos para atuar quando necessário e também para que a população saiba como proceder com indícios ou mesmo a confirmação da doença no Estado.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) preparou um plano de controle e combate ao novo coronavírus com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), que estabelece a forma de atendimento no eventual surgimento de algum caso. No Estado, o Laboratório Central (Lacen), por exemplo, é responsável pela triagem de amostras de sangue de pacientes com sintomas de infecção por vírus, como tosse e dificuldade para respirar.
O secretário Nésio Fernandes, em reunião com representantes de outros Estados e o governo federal em Brasília no início de fevereiro, solicitou que o Ministério da Saúde habilite o Lacen para que também seja referência como unidade para exames comprovatórios do coronavírus. Assim, o resultado dos testes poderá ser obtido mais rapidamente.
Nesse encontro, os Estados ainda pediram contribuição para as despesas na assistência aos pacientes com coronavírus. Para cada R$ 2 gastos pelas secretarias estaduais de saúde, a União deveria bancar R$ 1. Nésio Fernandes, segundo a assessoria de imprensa, disse que o aporte imediato seria para ajudar os Estados a se organizar antes da epidemia tomar o país, garantindo o reforço da capacidade assistencial.
A infecção por coronavírus apresenta sintomas parecidos aos de outras viroses e doenças respiratórias, tais como tosse, febre, coriza e dificuldade para respirar. Diante desse quadro é fundamental procurar uma unidade de saúde, na qual o sangue do paciente será coletado e enviado para o Laboratório Central (Lacen), que vai fazer a triagem da amostra.
No Lacen, as amostras serão analisadas e, se os resultados descartarem casos de influenza (gripe) e outras viroses, o material será enviado para a Fiocruz, no Rio de Janeiro, laboratório de referência nacional para confirmação ou descarte de coronavírus. O Lacen também poderá assumir essa atribuição, se for habilitado pelo Ministério da Saúde.
Caso seja confirmada a infecção por coronavírus, o paciente poderá receber dois tipos de atendimento. Em quadros mais brandos, como tem sido a maioria até o momento, ele ficará em isolamento domiciliar com a assistência da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). Nos casos mais graves, haverá internação.
Para crianças infectadas, a assistência será no Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), em Santa Lúcia, Vitória. Já para adultos, o atendimento está previsto para o Hospital Dr. Jayme dos Santos Neves, em Moradas de Laranjeiras, na Serra.
O transporte dos pacientes para os hospitais de referência será feito pelo Samu ou pelo serviço de remoção estadual naqueles municípios que não são contemplados pelo Samu.
A Sesa ressalta que, em caso de confirmação da doença no Espírito Santo ou outro Estado, o protocolo pode ser alterado, inclusive com a habilitação de mais hospitais para o tratamento de pacientes infectados.
Para realizar toda a assistência, profissionais que atuam em unidades de saúde, a exemplo dos hospitais infantis de Vitória e de Vila Velha, estão passando por capacitação. Diretores hospitalares também receberam, nesta semana, orientações da Sesa sobre procedimentos em relação ao coronavírus.
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