As principais obras de duplicação da BR 101, que foram retomadas em outubro do ano passado, estão atrasadas. Dentre elas está o Contorno de Iconha, no Sul do Estado, que promete retirar o intenso tráfego de veículos, inclusive de caminhões, de dentro da cidade.
Além dele, a expectativa é de que fossem liberados ainda trechos que estavam sendo duplicados em João Neiva e Ibiraçu, na Região Norte, e Anchieta, no Sul. A conclusão desses pontos estava prometida para o primeiro semestre deste ano, mas a entrega não aconteceu. A única obra que permanece no prazo é o trecho de 30 quilômetros entre Viana e Guarapari. Assista ao vídeo abaixo:
Em decorrência disso, na última semana a Eco101, empresa responsável pela obras de duplicação dos 460 quilômetros da BR 101 no Estado, informou um novo cronograma, empurrando as datas de conclusão das obras para o segundo semestre deste ano.
Por enquanto, o Contorno de Iconha tenta vencer o desafio de deixar de ser uma estrada de chão. Dos quase 8 km prometidos, só cerca de 2,5 km estão asfaltados, como constatou a reportagem no local com a ajuda do hodômetro instrumento que mede a distância percorrida por um carro.
Em boa parte do trecho, o terreno ainda é preparado para receber o asfalto, inclusive com a detonação de rochas. Em alguns pontos por onde a reportagem passou, o asfalto só existe de um lado da pista. Na maior parte o terreno ainda é nivelado com terra. A drenagem também está sendo feita.
A via, segundo o projeto, contará com dois viadutos, para facilitar o tráfego de veículos que percorrem o trecho urbano ou vão para comunidades da região. Além disso, duas pontes serão construídas em cima do Rio Iconha, com aproximadamente 40 metros cada.
A obra começa do km 374 e vai até o km 379. A BR 101 atualmente passa por dentro de Iconha, com pouco mais de 5 km, incluindo uma avenida só com paralelepípedos, o que tira a fluidez do trânsito. A obra do contorno já contará com a duplicação, com duas faixas para cada lado da pista. A promessa da Eco101 é reduzir a travessia, que hoje chega a uma hora dentro da cidade, para seis minutos.
Mas são benefícios que já deveriam ter chegado, como destaca o taxista Paulo Roberto de Brito, de 49 anos, que passa diariamente pela rodovia. Ele avalia que a obra deveria estar pronta e seria uma das formas de evitar acidentes graves. Desde quando começou o pedágio já era para estar concluída. Evitaria acidentes gravíssimos, opina.
Para o leiturista Thiago dos Reis Lovo, de 25 anos, o contorno segue o mesmo andamento da duplicação em todo o Estado. Agora que eles foram começar a fazer alguma coisa. Já era para estar pronto. Em outras estradas, como a Rodovia do Sol, a duplicação evita alguns acidentes.
Outras reclamações vêm dos moradores de comunidades próximas das obras, que sofrem com a quantidade de terra que se transforma em barro durante as chuvas e a poeira quando o tempo está firme. Entre elas está a de Parreiral, que fica em uma área rural de Iconha, bem perto da entrada do contorno. Quando chove a lama vem até na canela, relatou a dona de casa Adriana Ferreira Matias, 39 anos.
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