Há quem crie cachorros, gatos e até aves dentro de casa. Mas uma família capixaba inovou na hora de escolher um animal doméstico. Isso porque, eles decidiram cuidar de cobras. Atualmente, eles possuem 23 cobras, causando curiosidade nos vizinhos, em Morada da Barra, Vila Velha. Os criadores, inclusive, participaram nesta quinta-feira (05) de uma reportagem do programa Encontro, com a Fátima Bernardes, onde falaram sobre a curiosidade.
O veterinário Eduardo Lázaro de Farias de Silva, de 33 anos, contou que a paixão por cobras começou ainda na infância, quando o pai fez uma viagem para alguns países da África e retornou para casa contando sobre algumas espécies que conheceu. Na juventude, ele chegou a comprar uma cobra sem que os pais soubessem e criou o animal escondido no próprio quarto, por dois anos, até que casou e saiu da residência.
"Eu sempre gostei de animais selvagens. Hoje sou médico veterinário e comecei a manter as cobras em casa, com autorização dos órgãos competentes. Algumas eu comprei de forma legalizada em criadores comerciais, outras recebo de órgãos ambientais após serem apreendidas. Essas não podem mais retornar para a natureza. Elas ficam em um quarto trancado da casa, reservado apenas para répteis", conta.
Além de Fernando, vivem com os animais a mulher dele, Thatiane Lazaro Borlini, 29, e o filho do casal, Eduardo Borlini, de 3. Ele conta que a maior das cobras é uma Píton, que deve ter quase 3 metros de comprimento. Há, ainda, uma espécie rara de jiboia branca. Além das cobras, a família tem lagartos, dragão barbado, iguana e tartarugas. O filho de 3 anos, inclusive, interage com os animais.
"É claro que ele tem mais afinidade pelos cães e gatos, mas ele gosta de interagir com as cobras também. A gente não deixa ele pegar sozinho, mas ele costuma fazer carinho e brincar com elas. Eu não tenho cobras peçonhentas, todas são documentadas e autorizadas", explicou.
Ele explicou que as cobras são alimentadas a cada 15 dias. Para isso, há uma programação semanal, pois elas não recebem alimentos todas de uma só vez.
"Elas costumam comer ratos e carne de coelho. A píton come carne de coelho e as espécies menores, ratos. Elas ficam em terrários. Cada uma tem um terrário próprio para elas. A minha esposa gosta também, fazemos um trabalho de educação ambiental, onde mostramos os animais para as crianças e tiramos dúvidas. As crianças são as mais animadas, elas ficam com medo no início, mas depois acabam se acostumando. A gente explica o que fazer se encontrar uma cobra na rua e como agir em caso de picadas", explicou.
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