O isolamento social, orientação dos órgãos de saúde para evitar a transmissão do novo coronavírus, mudou a rotina das famílias. Mas, como fica a guarda compartilhada? Para especialistas, o foco desta questão deve ser o diálogo e o bom senso para proteger a saúde das crianças.
O professor, advogado e pós-Doutor em Direito, Conrado Paulino da Rosa, explica que a mudança na rotina também afeta a criança, que está acostumada a ter uma rotina. Ele diz que os pais precisam manter o diálogo, para traçar a melhor opção para os filhos.
"Temos que ter em mente que, de regra, o compartilhamento da guarda é a questão jurídica imposta no Brasil, e, o compartilhamento não quer dizer divisão de tempo, mas de responsabilidades, ou seja, as decisões têm que ser tomadas em conjuntas", afirma.
Enquanto não houver restrição de circulação nas ruas, o especialista diz que o ideal é fazer um revezamento entre as duas casas para que as crianças tenham atividades com ambos os pais.
"Isso para os casos em que não houver nenhum risco de contágio para a doença. Se não tiver nenhum pai ou mãe na área da Saúde, que estão na linha de frente do combate da pandemia", destaca Conrado.
O advogado e comentarista do quadro Questões de Família da CBN Vitória, José Eduardo Coelho Dias, também ressalta que neste momento é importante seguir a regra, que é a divisão igual do tempo da criança com cada pai, uma convivência plena.
"Não tem que entrar em pânico agora com isso. Vamos seguir a regra até que alguma exceção que seja realmente legítima possa ser levada em consideração. Se houver restrição nas ruas, como a gente acha que pode ter, as crianças devem permanecer na casa em que se encontrarem", opina.
Para evitar descolamentos entre as casas dos pais separados e colocar a criança em risco, uma opção, segundo Conrado Paulino da Rosa, são as redes sociais.
E, na cartilha do bom senso, nada de usar o momento para a alienação parental (quando uma parte manipula a criança para afastá-la do outro genitor).
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