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Coronavírus: doença é mais perigosa para idosos, apontam especialistas

Coronavírus: doença é mais perigosa para idosos, apontam especialistas

Médicos infectologistas apontam que 80% dos casos confirmados foram considerados brandos, com sintomas respiratórios leves

Publicado em 28 de fevereiro de 2020 às 15:03

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Os idosos são mais vulneráveis ao coronavírus e têm mais chance de desenvolver o quadro grave da doença. (Pixabay)

Responsável pela morte de 2.859 pessoas em pelo menos sete países, o novo coronavírus é mais perigoso para idosos. Segundo especialistas, a doença atinge, de forma grave, pessoas acima de 60 anos já diagnosticadas anteriormente com diabetes, doenças cardíacas ou pulmonares. O primeiro caso da doença no Brasil foi confirmado em São Paulo. O paciente é um homem de 61 anos.

Um monitoramento desenvolvido pela Jhons Hopkins University aponta que 83.704 pessoas foram infectadas com a doença. A maioria das ocorrências - 78.824 - foi registrada na China. Do número total de infectados, 36.654 pacientes já se recuperaram. Os dados foram coletados às 9h desta sexta-feira (28).

Um levantamento feito pelo World Meter, apresentado pelo Hospital Albert Einsten, indica que 14,8% das pessoas que morreram por causa do coronavírus tinham mais de 80 anos. Na faixa etária entre 70 a 79 anos, foram 8%. De 60 a 69 anos, morreram 3,6%. Dos que tinham 50 a 59 anos, 1,3%. Até 49 anos, foi 1%. Os dados são de 17 de fevereiro deste ano.

O médico infectologista Lauro Ferreira Pinto destacou que 80% dos casos são considerados brandos, apresentam sintomas semelhantes aos da gripe como febre, tosse e coriza. De acordo com o especialista, em casos graves o infectado ainda apresenta vômito e diarreia.

“Idosos são considerados grupos de risco no caso da gripe, por exemplo. Nesse particular, o coronavírus não é diferente. O que posso dizer é que não há óbitos em crianças abaixo de 10 anos e são raros os casos abaixo de 15 anos. É possível que precise um sistema imune de um pouco mais de idade para ter uma resposta mais exagerada ao vírus."

A infectologista Rubia Miossi ressalta que o Covid-19, por ser uma doença nova, ainda é sinônimo de dúvidas no cenário da medicina. Ela acredita que as pesquisas conduzidas em diversos países possam preencher as lacunas que surgiram desde o início das mortes.

“Não sabemos ainda o porquê dessa predileção por idosos e nem porquê a mortalidade é maior nesse extremo de idade. Mas, normalmente, os agentes infecciosos acometem mais crianças e idosos justamente pelo sistema imunológico ainda não maduro (criança) ou já debilitado (no idoso).”

SINTOMAS

Assim como a gripe Influenza, o novo coronavírus causa febre, tosse, dor no corpo, coriza e nos casos mais graves, vômito e diarreia. O médico infectologista Lauro Ferreira Pinto explicou que o Covid-19 provoca uma síndrome respiratória aguda grave.

“Quando as pessoas têm uma doença crônica, correm mais risco de sofrerem dificuldade respiratória. De certa forma, segue um padrão que já é conhecido na gripe. No caso do coronavírus, a falta de ar é um dos sintomas que devem acender o alerta”, orientou.

Questionada sobre a forma e o período em que se apresentam os sintomas, a infectologista Rubia Miossi também concorda que devem ser observados sinais gripais. Outro fator importante é investigar se o paciente viajou a algum dos países com transmissão do vírus.

“Para quem não visitou esses locais, não há a possibilidade de infecção pelo vírus. Mas há a possibilidade de infecção por outros vírus respiratórios até mais graves, como a Influenza A”, observa Rubia.

COMO SE PROTEGER

ÍNDICE DE MORTES PELO NOVO CORONAVÍRUS POR FAIXA ETÁRIA

SINTOMAS

Pacientes com Covid-19 apresentaram problemas respiratórios (leves a graves). Os sintomas podem aparecer entre 2 e 14 dias após a exposição.

COMO OCORRE A CONTAMINAÇÃO

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Por gotículas respiratórias, contato próximo (cerca de 2 metros de distância) com alguém com os sintomas, ou contato direto com as secreções sem proteção.

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