No momento atual, de crescimento no número de vítimas da pandemia do novo coronavírus, surgem também exemplos de atos de solidariedade que dão esperança. Exemplo disso é o do enfermeiro Adriano Gonçalves de Oliveira, de 42 anos, que trabalha no Pronto Atendimento de São Pedro, em Vitória. Ele decidiu, ciente da dificuldade de encontrar máscaras no mercado, confeccioná-las e distribuir de graça aos pacientes.
De acordo com ele, que atua no setor de classificação, realizando a primeira abordagem a quem chega ao PA, muita gente que apresenta sintomas gripais, sem proteção, deixa outros pacientes vulneráveis à Covid-19. "Infelizmente não temos encontrado máscaras para vender. Recebi doação de material em TNT, desenvolvi um protótipo das máscaras e levei para a costureira. O modelo oferece 50% de barreira de proteção", afirmou.
O enfermeiro, que garantiu que para os funcionários não faltam máscaras, contou que a motivação dele foi realmente atender às recomendações divulgadas pela Organização Mundial da Saúde (OMS). "É necessário criar uma barreira e proteger as pessoas, todo paciente deve usar máscara. Cada uma delas evita que dez outras pessoas sejam contaminadas, mesmo por alguém assintomático. Já fiz 200 em três dias e coloquei em uso. Neste sábado (18) busquei mais 100. Pretendo chegar a mil nesta semana", comemorou.
Adriano contou também, emocionado, que recebeu os parabéns de colegas pela iniciativa. "Estou me sentindo útil. Sou um profissional engajado, com intenção de ajudar o próximo. Quero espalhar isso para outras pessoas, envolver mais costureiras também. Espero que isso se multiplique e que mais gente ingresse nesse tipo de ação", finalizou.
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