Com a classificação da região da Grande Vitória e do município de Linhares no alerta laranja quanto à transmissão do coronavírus, o governo do Estado já avalia a necessidade de empresas alterarem seus horários de expediente e optarem pelo teletrabalho, quando possível, para evitar aglomerações no transporte público nos horários de pico.
Com a confirmação do 4º caso de coronavírus no Espírito Santo e do primeiro caso de transmissão local neste sábado (14), o Estado passou da classificação verde para a laranja. Na última sexta-feira, o governo anunciou que editou um decreto estabelecendo a situação de Emergência em Saúde Pública no Estado, criando a Sala de Situação de Emergência em Saúde Pública, composta por sete secretarias para concentrar a tomada de decisões e a gestão da situação do Covid-19.
Esse grupo irá avaliar, ao longo desta semana, a necessidade de alteração de horários nos serviços público e privado, de acordo com o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes.
"A gente está tentando desenhar algumas propostas que possam evoluir para a sugestão de que as prefeituras municipais, o serviço público de certos Poderes, órgãos estaduais e alguns setores da economia entrem em horários distintos, para não sobrecarregar o transporte coletivo no mesmo horário. Podemos chamar as federações da Indústria, do Comércio, e pactuar isso com eles também", afirmou.
Segundo Nésio, esse tipo de medida será adotada principalmente se o Estado entrar em situação de transmissão comunitária, que é quando não se sabe a origem de um caso transmitido. As cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo já entraram neste estágio.
Caso se avalie que é necessário adotar essas restrições, o governo editará uma normativa específica, e tudo será avaliado de acordo com cada segmento. O estímulo ao teletrabalho, a recomendação de cancelamento de aulas e cancelamento de eventos e reuniões que exigem grandes mobilizações também podem constar na norma.
Por enquanto, não há vedações de aglomerações, segundo o secretário de Saúde. Grupos pró-governo marcaram para este domingo (15) uma manifestação em defesa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) passando por Vila Velha e Vitória.
"O próprio presidente se manifestou recomendando que atos fossem repensados. Nós já fizemos a recomendação para organizadores ponderarem a realização de eventos, ou não. No momento não á nenhuma proibição ou vedação. Podemos restringir daqui em diante, em caso de transmissão comunitária. A gente pode literalmente proibir eventos públicos em um segundo momento", frisou.
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