Em meio à pandemia do coronavírus, com as crianças em casa, muitos pais podem se perguntar: posso levar ao parquinho? Posso dar uma volta no calçadão? Posso levar à aula de natação? "O cloro ajuda a exterminar o vírus", alguns dirão. Com o vírus ainda desconhecido em muitos aspectos, é natural que surjam muitas dúvidas. Para ajudar a responder algumas questões, a reportagem de A Gazeta conversou com a médica infectologista, Rúbia Miossi.
A regra número um é: "fique em casa, só saia se for estritamente necessário". E é preciso se lembrar dela na hora de cogitar fazer qualquer atividade. Por hora, além de não ir para a escola, o recomendável é que seu filho não vá à aula de natação, inglês ou balé, por exemplo.
"Não pode levar à aula de natação, nem para a piscina do prédio. Não é por que a piscina transmita doenças, mas é por que nesses locais você vai encontrar com outras pessoas. O objetivo é ficar em casa", alerta a médica.
Se você cogitou ir com as crianças à piscina porque "o Covid-19 não é transmitido pela água e o cloro ajuda exterminar vírus", é preciso lembrar, mais uma vez, da regra número um.
Mais uma vez a resposta é "não". O momento exige cuidados e esforços da população na tentativa de evitar que o vírus se propague ainda mais.
"É para ficar em casa, dentro do apartamento. Não é para frequentar as áreas comuns do prédio. Não é para frequentar academia, não é para fazer atividade física no calçadão, não é para frequentar a piscina do prédio, salão de festas, churrasqueira, nada disso", reforça a médica.
A mesma recomendação vale para quem cogitou levar as crianças para a casa dos avós. Apesar dos dias sem aulas escolares, o momento não é de férias. Os idosos são considerados grupo de risco para o coronavírus, por isso é preciso redobrar a atenção e adiar a ida para a "casa da vovó" para quando a situação estiver controlada, sem risco de contaminação.
"Não é para levar as crianças para a casa dos idosos. Tem que manter distância das crianças para com os idosos porque, caso isso não aconteça, no momento que a doença estiver no auge, os idosos vão adoecer e a gente não vai ter vaga nos hospitais para os adultos que adoecerem também. O momento pede cuidado. É hora de ficar em casa", conclui a médica.
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