O Ministério Público Estadual pediu ao governo do Espírito Santo que proíba missas e cultos no Estado durante a pandemia de coronavírus e que limite o quantitativo de passageiros dentro dos ônibus para que os coletivos não fiquem lotados. As medidas são para ajudar no controle do contágio da doença. O pedido foi feito durante uma reunião, na manhã desta quinta-feira (19), entre promotores e o governador Renato Casagrande, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o secretário de Estado do Governo, Tyago Hoffmann.
Na reunião, foram discutidas as ações tomadas pelo governador nas últimas semanas. Entre os representantes do Ministério Público, há o entendimento de que o governo do Estado tem se preocupado e atuado com firmeza para reduzir os riscos de contaminação, mas de que há necessidade de medidas mais rígidas, como a proibição de missas e cultos, a suspensão de visitas em presídios e unidades de internação e a restrição no atendimento bancário.
"A necessidade que a gente está vivendo é que essas missas e cultos fossem proibidos. Entendemos hoje que a adoção de uma medida mais drástica vai beneficiar a população futuramente", comentou a dirigente do Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Saúde (Caops) do Ministério Público Estadual, promotora de Justiça Inês Thomé Poldi Taddei.
O governador Renato Casagrande ficou de analisar as recomendações do Ministério Público. Os promotores também recomendaram que se mude o funcionamento dos bancos no Estado, sugerindo que o governo feche as agências ou regulamente a quantidade de clientes que podem entrar nesses locais para evitar aglomeração. Em um ofício enviado ao governador nesta quinta-feira (19), o Sindicato dos Bancários pediu que seja determinado o fechamento das agências e postos de atendimento bancário.
Na reunião, os promotores também apontaram a necessidade do cancelamento de feiras de rua, do fechamento de parques estaduais e da adoção de mecanismos de controle para evitar que consumidores estoquem produtos de farmácias e supermercados. O Ministério Público quer ainda que o Procon tenha uma atuação rígida na fiscalização de comércios que cobram preços abusivos de produtos muito demandados durante a pandemia, como máscaras e álcool em gel.
"Nosso principal objetivo é conscientizar a população de que precisamos resguardar a nossa própria vida e a vida do próximo. Muitas pessoas ainda não tem noção da situação que estamos vivendo", justificou Inês Thomé.
Casagrande volta a se reunir com o seu secretariado às 17h para analisar essas e outras medidas que podem ser tomadas no Espírito Santo.
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