As cartas e encomendas de capixabas devem demorar até três dias a mais para chegar do que o prazo previsto. Isso porque para evitar expor funcionários ao contágio do coronavírus, os Correios adotaram algumas mudanças nas entregas de correspondências no Espírito Santo. Além do prazo estendido, estão suspensos os serviços com hora marcada, como o Sedex 10, Sedex 12, Sedex Hoje e o telegrama.
A empresa informa ainda que estão suspensos pagamentos de indenizações por atraso para todos os serviços nacionais e internacionais. A medida se deve pelo afastamento de parte dos empregados no grupo de risco e daqueles que residem com pessoas que se enquadrem neste perfil.
Os empregados que estiverem cumprindo horário nas instalações da empresa vão passar a ser divididos em turnos, que serão definidos com horários alternativos para entrada, saída e intervalo para refeição. Nos locais onde o acesso à empresa é feito por meio de identificação digital, a entrada dos empregados será apenas com o crachá de identificação. A intenção é evitar aglomeração nos ambientes de uso comum e em horários de pico de transporte público.
Funcionários dos Correios foram até a Justiça do Trabalho para exigir que a estatal disponibilize máscaras, luvas e álcool em gel para as equipes que atuam nas ruas e na logística das entregas. Segundo o diretor do sindicato da categoria (Sintect-ES), Fischer dos Santos, os servidores não querem deixar de trabalhar, mas, por estarem mais expostos, temem que atuar sem máscaras e luvas possam se contaminar e transmitir o vírus para os usuários.
A liminar, concedida pela juíza Valéria Lemos Fernandes Assad da 13ª Vara do Trabalho de Vitória, é do último dia 19 de março e tem o prazo de 10 dias, ou seja, até o dia 29 para ser atendida. Para o sindicato, contudo, a necessidade de atuar com os equipamentos de proteção adequados é mais urgente.
Estamos trabalhando com aglomerações de pessoas e sem proteção. Enquanto todas as empresas tentam oferecer alguma segurança, um conforto para seus funcionários em uma situação drástica como a que vivemos, nós ficamos sem algo simples, que pode faze diferença. Até para evitar que fiquemos afastados e comprometa o trabalho, alega.
Procurados, os Correios afirmaram que estão seguindo a determinação do Decreto nº 10.282/2020 da Presidência da República, "que define os serviços postais como essenciais. A empresa está atenta à proteção de empregados e clientes, com protocolos operacionais e profiláticos já disseminados desde a semana passada."
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