Com a entrada do Espírito Santo no alerta vermelho na classificação dos casos de coronavírus, pela constatação da transmissão comunitária, o governo do Estado afirma que pretende adquirir 100 mil testes para diagnosticar a doença, ao longo do mês de abril. Hoje, segundo o governador Renato Casagrande (PSB), o Ministério da Saúde tem enviado 800 testes por semana para o Espírito Santo. A meta é realizar de 500 a 600 testes diários.
Essa ampliação na testagem é uma medida a ser tomada devido à expectativa do crescimento do número de casos para as próximas semanas. "Entramos em uma fase de crescimento de curva mais acentuado no Brasil e também no Espírito Santo. A transmissão comunitária é o reconhecimento de que o número de casos pode aumentar, e temos que testar mais, tanto é que nosso laboratório saiu de 50 testes por dia, e essa semana pode chegar a 500 a 600 testes por dia. Estamos comprando esses testes, ganhando alguns", declarou o governador.
Ele detalhou que o Estado está tentando comprar mais 5 mil testes essa semana e já fez uma compra de outros 50 mil, mas que só chegam depois de 15 de abril. Além disso, o governo ganhou 15 mil testes de uma empresa e 9.100 testes rápidos de outra, além de pedir reforço ao Ministério da Saúde.
"O objetivo é ter pelo menos 100 mil no Estado. Testando ao máximo, é possível fazer uma radiografia do comportamento do vírus e permitir que se seja planejado mais adequadamente o número de leitos hospitalares",
O secretário estadual da Saúde, Nésio Fernandes, explicou quem são os pacientes que passam pelos testes. Para essa etapa de transmissão comunitária, o Ministério da Saúde recomenda somente a testagem de pacientes com síndrome respiratória aguda grave. Mas vamos definir até quarta-feira, para o Espírito Santo, quais são os critérios de prioridade de testagem. Tendemos a não adotar só para os graves, mas assumir para eles uma resposta rápida.
Queremos continuar testando todo mundo que está suspeito, e mais pessoas da comunidade, porque isso nos dará uma radiografia sobre o comportamento do vírus no Estado. No futuro, uma região ou outra pode ter mais restrições, acrescentou Casagrande.
O secretário de Saúde disse ainda sobre outras adaptações que o governo pretende fazer, com o início da transmissão comunitária. Queremos ter algumas máquinas exclusivas, com funcionários somente para testar rapidamente pacientes graves dos hospitais, e outros equipamentos para fazer testagem geral da população dentro dos critérios. Essa quantidade de testes que estamos garantindo é bem generosa para o parâmetro brasileiro. Estamos garantindo que aqui o PCR será o teste prioritário, afirmou Nésio.
O teste PCR é aquele que detecta o vírus na amostra. Há ainda teste rápido de sorologia, que verifica a resposta do organismo ao vírus, ou seja, são verificados os anticorpos, na resposta imunológica do corpo ao microorganismo invasor.
O teste rápido da gotinha de sangue sai em 10 minutos. Se ele der negativo, antes de 6 ou 7 dias eu preciso repetir, ao ponto de poder chegar aos 14 dias. Por isso, o teste rápido tem uma aplicabilidade baixa, é para usar de maneira específica com a população. Poderá ser usado para segurança pública, área de saúde, explicou Nésio.
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