A pandemia causada pelo coronavírus provoca novos desafios antes inimagináveis. E, quando se fala em grandes obstáculos, difíceis de serem superados, automaticamente lembramos da imagem do herói. Psicóloga e comentarista da Rádio CBN Vitória, Adriana Müller comentou, em entrevista ao jornalista Fábio Botacin nesta quinta-feira (23), sobre a homenagem aos "heróis da pandemia" - profissionais da saúde, limpeza hospitalar e pública, entregadores de delivery, caminhoneiros, motoristas, funcionários de supermercados e restaurantes, jornalistas e outros tantos profissionais de serviços essenciais que não podem parar.
Segundo Adriana, quando pensamos nos heróis dos filmes dos quadrinhos, eles têm força e habilidades sobrenaturais, alguns possuem um objeto que os ajuda, além de serem guiados por valores como coragem, altruísmo e justiça. Os heróis nunca se negam ao trabalho que devem fazer. Mas, no contexto da pandemia mundial, a figura do herói é alterada. É humana.
"Quando a gente pensa na vida atual e no mundo real, os heróis desse período não usam armadura a prova de balas, não voam e nem sabem falar palavras mágicas que vão desfazer o feitiço ruim. O que eles fazem como heróis é diuturnamente realizar atos heróicos", disse Adriana.
A psicóloga completa, dizendo que esses atos heroicos têm nos mantido protegidos e garantem que não falte comida, remédio, limpeza, informação segura, saúde quando necessário. Adriana explica que homenagear e nomear esses heróis é importante, porque, a princípio, eles são invisíveis.
"Estamos em casa e não vemos o caminhoneiro que está trazendo a comida, não vemos os médicos, os garis... mas eles estão lá e nem por isso deixam de ser heróis, realizando atos heroicos em prol da nossa saúde e da nossa qualidade de vida. São atos heroicos porque não é fácil, não são situações tranquilas que todos esses profissionais estão vivendo para manter a roda girando. Precisam fazer o hospital, o supermercado, a farmácia funcionarem, o lixo não ficar nas ruas, a segurança ser mantida, a informação chegar até nós. Têm processos que continuam acontecendo, porque essas pessoas seguem fazendo esses atos heroicos e se privando, em alguns casos, de ver a família, por exemplo", comentou.
Adriana ainda ressalta que esse é o momento para reconhecer esses que estão invisíveis e precisam de palavras de agradecimento e reconhecimento pelo que desempenham.
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