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Coronavírus: os sintomas e como se prevenir da doença que assusta o mundo

Coronavírus: os sintomas e como se prevenir da doença que assusta o mundo

A epidemia, que teve início em Wuhan, na China, possivelmente a partir de algum mercado com presença de aves, apresenta sintomas típicos de uma infecção respiratória

Publicado em 22 de janeiro de 2020 às 20:55

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Hábitos simples como o de lavar as mãos ou de se manter afastado de pessoas tossindo são essenciais para prevenir o acesso ao vírus. (Pixabay )

Após divulgação do que seria o primeiro caso suspeito de coronavírus no Brasil, investigado pela Secretaria de Estado da Saúde Minas Gerais — notificação já descartada pelo Ministério da Saúde, a reportagem de A Gazeta entrevistou o infectologista Lauro Ferreira da Silva Pinto, que descreveu a doença e antecipou cuidados que podem ser tomados de imediato. Segundo o especialista, hábitos simples como o de lavar as mãos ou de se manter afastado de pessoas tossindo são essenciais para prevenir o acesso ao vírus.

De acordo com o médico, o coronavírus é uma infecção viral, que já se fez presente em outros momentos e que, desta vez, não parece ter atingido todo o potencial de gravidade. “Já houve outros casos de coronavírus mais graves na Ásia. Mas é preocupante mesmo assim. O que acontece é que, no mundo global como o nosso, uma doença sempre preocupa por passar de um lugar para o outro, até porque existe a ponte aérea da China para cá. Toda infecção que está iniciando demanda um alerta. Um conselho que sempre damos é o de lavar as mãos, isso serve a todas as epidemias respiratórias, é uma forma de proteção”, iniciou.

“Deve-se ter cuidado com pessoas que estiverem tossindo, como em qualquer caso viral. Em princípio qualquer epidemia viral pode se propagar, então temos que acompanhar. E não é um diagnóstico simples, não é de rotina. Mas se começarem a surgir muitas suspeitas, acredito que o Ministério da Saúde deva colocar estrutura de diagnóstico à disposição. Este é um coronavírus novo (nCoV), talvez seja uma mutação de episódios anteriores”.

SINTOMAS

A epidemia, que teve início em Wuhan, na China, possivelmente a partir de algum mercado com presença de aves, apresenta sintomas típicos de uma infecção respiratória. “Em princípio é possível falar em febre, tosse e falta de ar, sendo como um quadro de infecção respiratória mais grave. A pneumonia pode ser viral ou bacteriana, mas decorrente do coronavírus é viral, podendo abrir caminho para uma posterior infecção por bactéria. No momento, precisamos acompanhar o que a OMS vem divulgando”, explicou.

“Já houve outros surtos que não chegaram para nós aqui no Brasil. Volta e meia tomamos um susto vindo da Ásia, sendo que as infecções virais vêm de lá com alguma frequência, devido ao maior contato com aves e aos grandes aglomerados de gente. Reforço a importância de lavar as mãos e de ter cuidado com pessoas que estejam tossindo, protegendo-se com o dorso da mão. Pessoas com sintomas parecidos devem se afastar do trabalho e/ou escola”.

Questionada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Saúde do Espírito Santo (Sesa) informou que ainda não recebeu orientações do Ministério da Saúde acerca das providências a serem tomadas para prevenir a doença.

Acionado pela reportagem, o Ministério da Saúde informou que está monitorando a situação e, assim que houver definição da situação de emergência pela OMS, tomará as medidas cabíveis e informará sobre as novidades, assim que forem definidas. Confira nota na íntegra:

“O Ministério da Saúde informa que, até o momento, não há detecção de nenhum caso suspeito no Brasil de Pneumonia Indeterminada relacionado ao evento na China.

O caso noticiado pela SES/MG não se enquadra na definição de caso suspeito da Organização Mundial da Saúde (OMS), tendo em vista que o paciente esteve em Xangai, onde não há, até o momento, transmissão ativa do vírus. De acordo com a definição atual da OMS, só há transmissão ativa do vírus na província de Whuan.

A pasta tem realizado monitoramento diário da situação junto à OMS, que acompanha o assunto desde as primeiras notificações de casos, em 31 de dezembro de 2019.

O Governo Federal brasileiro adotou diversas ações para o monitoramento e o aprimoramento da capacidade de atuação do país diante do episódio ocorrido na China. Entre essas ações, estão a adoção das medidas recomendadas pela OMS; a notificação da área de Portos, Aeroportos e Fronteiras da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa); a notificação da área de Vigilância Animal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA); e a notificação às Secretarias de Saúde dos Estados e Municípios, demais Secretarias do Ministério da Saúde e demais órgãos federais com base em dados oficiais, evitando medidas restritivas e desproporcionais em relação aos riscos para a saúde e trânsito de pessoas, bens e mercadorias.

Embora a causa da doença e do mecanismo de transmissão sejam desconhecidos, no Brasil, o Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas. Entre as orientações estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.

Mais informações: acessar o Boletim Epidemiológico do Ministério da Saúde, publicado no dia 15 de janeiro, no portal do Ministério da Saúde”.

  • 01

    O QUE É?

    O coronavírus é uma infecção viral respiratória, que já se fez presente em outros momentos e que, desta vez, não parece ter atingido todo o potencial de gravidade

  • 02

    SINTOMAS

    O coronavírus apresenta sintomas típicos de uma infecção respiratória, tais como febre, tosse e falta de ar, sendo como um quadro de infecção respiratória mais grave. Da infecção pode decorrer pneumonia.

  • 03

    COMO SE PREVENIR?

    As principais recomendações são: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente;  evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas e criações.

  • 04

    TEM VACINA?

    Não existe vacina para o vírus, que pode ser transmitido de pessoa para pessoa.  Uma equipe de cientistas da China e dos Estados americanos do Texas e de Nova York trabalham juntos para criar uma vacina contra o coronavírus, na Faculdade de Medicina Baylor, em Houston, segundo a CNN.  O governo da Rússia também garantiu que o Ministério da Saúde do país já está estudando uma vacina contra o coronavírus e entrou em contato com pesquisadores chineses para obter material biológico para começar a inoculação.

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