Uma das dúvidas mais recentes sobre o coronavírus é sobre a necessidade de incinerar (queimar) as roupas de pacientes com suspeita da doença. A orientação teria partido da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Carapina, na Serra, por volta das 19h desta terça-feira (25), onde um paciente buscou atendimento após chegar de uma viagem à Itália. Logo depois a Secretaria de Estado de Saúde (Sesa), por meio de nota, confirmou que o caso é o primeiro suspeito de coronavírus no Espírito Santo.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia no Estado, Alexandre Rodrigues da Silva, não existe orientação neste sentido, basta lavar as peças com água e sabão. Segundo o infectologista, quando se lava as mãos e as roupas, o vírus não sobrevive. Confira abaixo mais informações sobre a doença.
É um vírus que tem causado doença respiratória pelo novo agente coronavírus (SARS-CoV-2), foi descoberto no fim de dezembro de 2019 após ter casos registrados na China. Faz parte de uma grande família viral, conhecida desde meados de 1960, e que causa infecções respiratórias em seres humanos e em animais. Geralmente, infecções por coronavírus causam doenças respiratórias leves a moderadas, semelhante a um resfriado comum. Alguns podem causar doenças graves como a Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), identificada em 2002 e a Síndrome Respiratória do Oriente Médio (MERS), identificada em 2012.
Segundo o Ministério da Saúde, ainda não está claro com que facilidade o novo coronavírus se espalha de pessoa para pessoa. As investigações estão em andamento, mas a disseminação está ocorrendo e pode ser de forma continuada.
Para redução do risco de adquirir ou transmitir doenças respiratórias orienta-se que sejam adotadas medidas gerais de prevenção. Dentre elas: realizar frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir alimentos; utilizar lenço descartável para higiene nasal; cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir; evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca; não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafa; manter os ambientes bem ventilados; evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas da doença.
Casos mais leves podem se parecer com gripe ou resfriado comum, dificultando a detecção. Já casos mais graves podem evoluir para pneumonia e síndrome respiratória aguda grave ou causar insuficiência renal. Os sintomas incluem febre alta, tosse, dificuldade para respirar e lesões pulmonares.
O caso suspeito deve ser levado a uma unidade de atendimento de saúde onde deverá utilizar máscara cirúrgica e ser acomodado em quarto privativo. O profissional de saúde deve coletar as amostras respiratórias e encaminhar os casos graves para um hospital de referência para isolamento e tratamento.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia do Estado, Alexandre Rodrigues da Silva, qualquer pessoa pode ser afetada, mas quem apresenta doenças pré-existentes, como respiratória, cardíaca, diabetes, hipertensão, tem risco de mortalidade maior. Na maioria dos casos, os sintomas são leves.
Segundo o presidente da Sociedade Brasileira de Infectologia do Estado, Alexandre Rodrigues da Silva, não existe orientação para neste sentido. Segundo o infectologista, quando se lava as mãos e as roupas, o vírus não sobrevive. "A fonte de contaminação é mão. Basta lavar com água e sabão", explica.
O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios. É necessária a coleta de duas amostras que serão encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen). Uma das amostras será enviada ao Centro Nacional de Influenza (NIC) e outra amostra será enviada para análise de metagenômica.
O tratamento é feito com base nos sintomas de cada paciente.
Com o aumento do nível de alerta pela OMS para alto em relação ao risco global do novo coronavírus, o Ministério da Saúde orienta a partir do dia 28 de janeiro que viagens para a China devem ser realizadas em casos de extrema necessidade. Na última sexta-feira (21), o Ministério da Saúde passou a enquadrar também, na definição de casos suspeitos de Covid-19, pessoas com histórico de viagens a outros sete países: Japão, Coreia do Sul, Coreia do Norte, Singapura, Camboja, Vietnã e Tailândia. A mudança ocorreu devido ao aumento de 14% no número de novos casos fora da China
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