Policiais militares e civis, bombeiros e profissionais que atuam no sistema prisional do Estado vão receber máscaras de proteção facial fabricadas por presos capixabas. A medida pretende evitar que os agentes da segurança sejam contaminados com o novo coronavírus.
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) comprou tecidos, linhas, elástico, fio para costura, arame plastificado e agulhas para confecção de máscara cirúrgica descartável. A compra, avaliada em R$ 335.223, foi publicada na edição desta quarta-feira (08) do Diário Oficial.
A subsecretária de Ressocialização da Sejus, Roberta Ferraz, explicou que, por iniciativa dos seus gestores, o Centro de Detenção Provisória (CDP) de Aracruz e Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL) produzem cerca de 500 máscaras por dia. Segundo ela, os itens seguem as normas da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Neste caso, a proteção é feita com materiais doados pela comunidade local. De acordo com Roberta, os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) confeccionados pelos internos também estão sendo doados a asilos e aos funcionários do sistema penitenciário local.
Já a produção que vai atender os policiais, bombeiros, inspetores e agentes socioeducativos deve ser iniciada à medida que os insumos forem entregues. A operação vai envolver 100 presos de duas unidades do Complexo Penitenciário de Xuri, em Vila Velha, e do Presídio Feminino de Cariacica.
Serão produzidas máscaras descartáveis com o TNT, sob as normas da Anvisa. A ideia é distribuir para todo o setor de segurança pública do Estado. Essas pessoas são daquelas atividades essenciais que não podem parar. Dessa forma, estaremos ajudando a combater a disseminação do vírus, disse Roberta.
A subsecretária explicou que o grupo de trabalho será formado por homens e mulheres que cumprem pena em regime fechado. Eles vão receber um salário mínimo (R$ 1.045) pelo serviço, além do benefício da remissão de pena. Tudo será confeccionado nas fábricas de costura já instaladas nas unidades.
Com uma população prisional estimada de 22.500 presos, a subsecretária de Ressocialização da Sejus, Roberta Ferraz, disse que nenhum caso da Covid-19 foi confirmado nos presídios do Espírito Santo. Segundo ela, algumas medidas adotadas foram o aumento da frequência da limpeza das celas e a suspensão das visitas de familiares.
"Temos conseguido ações eficientes para evitar o contágio e até agora não temos nenhum caso. Inicialmente, a gente reduziu o número de visita de familiares. Quando foi anunciada a contaminação comunitária, foram suspensas as visitas, as aulas e a assistência religiosa. Também temos campanhas educacionais nas unidades", informou.
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