Os exames dos casos suspeitos de coronavírus no Espírito Santo estão ficando prontos mais rápido. Desde a última quinta-feira (12) o Laboratório Central de Saúde Pública do Espírito Santo (Lacen-ES) está realizando os testes, que antes eram enviados para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro.
Com isso, os resultados das análises, que demoravam de uma semana a 10 dias para ficarem prontos, agora ficam disponíveis entre 24 e 36 horas.
Os kits para a testagem do Covid-19 foram entregues na última segunda-feira (9) e, durante a semana, os servidores do Lacen passaram por um treinamento. Segundo o coordenador-geral do laboratório, Rodrigo Rodrigues, todos os casos suspeitos que estavam na fila já estão em análise ou foram entregues.
O prazo para entrega dos resultados, conta Rodrigues, começa a contar a partir do momento em que os exames chegam ao Lacen. Contudo, a entrega para municípios do interior pode ter um intervalo maior, já que nem sempre as amostras de sangue chegam para o laboratório no mesmo dia em que é feita a coleta.
De acordo com o coordenador, há a possibilidade de aumentar a equipe do Lacen, caso seja necessário, em uma hipótese de crescimento de casos. Como o laboratório integra a rede do SUS, ele também pode ser acionado para fazer a análise de casos de fora do Espírito Santo.
Laboratórios da rede privada também iniciaram nesta semana os testes de coronavírus. Os valores variam entre R$ 249 e R$ 360 para quem contratar o serviço de maneira particular. Os planos de saúde, segundo a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), já estão obrigados a pagar pelos testes do vírus. Para solicitar o exame, contudo, os pacientes precisam contar com o pedido médico em mãos.
Quatro casos foram confirmados no Espírito Santo até a noite deste sábado (14). Segundo a Secretaria de Estado de Saúde, 98 casos estavam sob investigação e 54 foram descartados.
O Estado poderá ter 4 mil casos confirmados num intervalo de 60 a 90 dias, conforme projeções da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) se a doença avançar em território capixaba da mesma maneira que na cidade Wuhan, o epicentro da infecção na China. Desse total, 15% dos pacientes seriam graves, entre os quais 3% - 120 pessoas - poderiam se tornar críticos e evoluir para a morte.
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