Dois acusados de envolvimento na morte da médica Milena Gottardi pediram à Justiça para deixarem o presídio e cumprirem prisão domiciliar, justificando que fazem parte do grupo de risco do novo coronavírus: Esperidião Frasson, que era sogro de Milena e é apontado como um dos mandantes do crime, e Bruno Broeto, que ficou encarregado de roubar a moto utilizada no crime.
Milena morreu após ser baleada no estacionamento do Hospital Universitário Cassiano Antônio de Moraes (Hucam), em Vitória. Além de Esperidião e Bruno, outros quatro réus vão a júri popular por participação no crime. Entre eles, o ex-marido de Milena, o policial civil Hilário Frasson, também acusado de ser mandante do assassinato.
Esperidão tem 73 anos e, pela idade, faz parte do grupo de risco, o que motivou a defesa a entrar com um pedido de substituição da prisão preventiva pela domiciliar, com o uso de tornozeleira eletrônica. Além disso, a defesa alega que ele também é portador de doença, mas preferiu não revelar qual é essa enfermidade para preservar a privacidade do cliente.
"É preciso que fique claro que antes de qualquer juízo que se tenha sobre o caso, quem está custodiado tem direito à saude também. É uma questão de humanidade. Dentro dos presídios, há um risco muito grande de contágio", comentou o advogado de Esperidião, Davi Pascoal Miranda.
Já a defesa de Bruno, que também pede prisão domiciliar, argumenta que ele possue um problema respiratório adquirido no interior do presídio. "Segundo a família, após vários exames, foi detectado uma bactéria que atacou seu pulmão, tendo ele sido levado várias vezes ao hospital", relatou o advogado Leonardo Rocha.
Os dois pedidos serão analisados pelo juiz Marcos Pereira Sanches, da 1ª Vara Criminal de Vitória.
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