A secretaria de Saúde do Espírito Santo (Sesa) está pedindo aos municípios que fiquem atentos aos possíveis casos suspeitos da infecção por coronavírus que podem surgir no Estado. Até agora, não há registro de pacientes no Estado com os sintomas da doença, que vem assustando o mundo inteiro.
Na China, subiu para 26 o número de mortes pelo novo vírus. Quase 900 casos já foram confirmados no país asiático. O Ministério da Saúde descartou cinco casos suspeitos da doença no Brasil (nenhum no Espírito Santo), mas afirmou que está em alerta para o risco de transmissão do coronavírus no país.
O secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, explicou, em entrevista para A Gazeta, que a pasta está entrando em contato com as vigilâncias sanitárias municipais para ficarem em alerta sobre os sinais do novo vírus.
"Já temos um sistema de informação que organiza todo processo de notificação imediata de qualquer caso suspeito. A notificação é algo que ocorre na assistência. Você precisa treinar médicos, enfermeiros e assistentes de saúde na ponta para que eles possam suspeitar. Porque a doença que você não suspeita você não notifica. É importante esse processo que fazemos de orientação", ressaltou o secretário.
A Sesa ainda aguarda orientações do Ministério da Saúde sobre como deve ser o trabalho em portos e aeroportos para prevenção e diagnóstico imediato da doença. Há casos confirmados em pelo menos outros nove países além da China, entre eles França, Estados Unidos, Japão, Coreia do Sul e Arábia Saudita.
"É um evento de repercussão internacional. O Ministério da Saúde deve publicar até segunda-feira um conjunto de diretrizes e decisões para poder organizar o controle nos portos e aeroportos para que qualquer caso sintomático, que chegue ao Brasil, seja rapidamente diagnosticado", contou o secretário.
Entre os sintomas da doença estão: febre, tosse, dificuldade em respirar e falta de ar. Nos casos mais graves há pneumonia, insuficiência renal e Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Embora a causa da doença e do mecanismo de transmissão sejam desconhecidos, no Brasil, o Ministério da Saúde orienta cuidados básicos para reduzir o risco geral de infecções respiratórias agudas. Entre as orientações estão: evitar contato próximo com pessoas que sofrem de infecções respiratórias agudas; realizar lavagem frequente das mãos, especialmente após contato direto com pessoas doentes ou com o meio ambiente; evitar contato próximo com animais selvagens e animais doentes em fazendas ou criações.
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