Diante da pandemia do coronavírus e dos cuidados com a higiene, muitos leitores ainda se questionam sobre que outras medidas podem ser tomadas para evitar o contágio ou mesmo para frear os efeitos da doença. Em conversa com especialistas, a reportagem de A Gazeta listou alimentos que podem ser verdadeiros aliados do sistema imunológico.
Apesar disso, de acordo com a nutricionista Brenda Reblin, mesmo observados os cuidados com a alimentação e com a escolha de hábitos mais saudáveis, deve-se esclarecer que não há alimentos próprios para o combate específico ao coronavírus. O que temos em mãos em termos de subsídios são alimentos que melhoram a imunidade. Mas é sempre bom lembrar que não existe dieta própria para o coronavírus. A imunidade é adquirida por um processo, por um conjunto de hábitos, explicou.
No mesmo sentido, a também nutricionista Roberta Larica, afirmou que é uma boa oportunidade de mudar hábitos de vida, suplementar algumas vitaminas, utilizar fitoterápicos, os quais podem auxiliar no fortalecimento do sistema imunológico. Isso tudo para que a gente dê o suporte para o corpo combater melhor a doença, minimizando os sintomas. A construção de um sistema imunológico é feita ao longo do tempo, não de um dia para o outro. Com as semanas e meses de bons hábitos, o organismo vai se fortalecendo, esclareceu.
Segundo as nutricionistas Brenda Reblin e Roberta Larica, existem alimentos que devem ser incluídos na dieta de quem pretende fortalecer o sistema imunológico. Dentre eles estão:
Com efeito anti-inflamatório natural, devem ser incluídos nas receitas do dia a dia, inclusive em sucos;
São frutas como laranja, limão, abacaxi, kiwi e acerola;
Ricas em flavonoides, ajudam no combate aos radicais livres, prevenindo o envelhecimento celular;
Ação antiviral. De acordo com Larica, quanto mais cru, maior o efeito imunomodulador desses alimentos;
Ação probiótica, proporcionada por microorganismos do bem, que, dentre outros efeitos, auxiliam na flora intestinal e combatem alergias;
Sementes, folhas escuras, azeite, peixes e leguminosas são ricos nessa gordura do bem";
Contêm gorduras boas;
Alimentos prebióticos, que nutrem a microbiota intestinal e as bactérias boas do intestino.
Em contrapartida, alguns alimentos devem ser evitados, pois trazem prejuízos para as defesas naturais do corpo. São eles:
Segundo Reblin, o consumo de álcool pode provocar grande queda de imunidade, principalmente se ingerido em excesso;
A nutricionista Brenda Reblin comentou dos cuidados que devem ser tomados nesses dias de confinamento. Atenção especial com alimentos mais rápidos e congelados, por exemplo. São péssimos por serem cheios de conservantes, corantes, produtos químicos, gordura, açúcar e sal. Infelizmente, são os que mais estão saindo e deveriam ser evitados. Uma dica para quem quer armazenar comida é preparar, ao natural, em casa: fazendo uma lasanha do zero, pode até ser de abobrinha, que também permite o congelamento.
Além dos cuidados com a alimentação e com a higiene, as especialistas Brenda Reblin e Roberta Larica frisam que existe um conjunto de medidas que favorecem a imunidade. Dentre elas estão o sono em dia, favorecendo o descanso necessário, a prática de atividades físicas, mesmo que dentro de casa, o uso de suplementos nutricionais, caso seja necessário, de acordo com recomendação de um profissional da saúde.
Para Reblin, é fundamental também manter a calma. São vários os hábitos saudáveis além da alimentação, o que inclui também o controle mental. Uma sugestão é a prática de cursos online, o investimento na cozinha como terapia, a leitura de bons livros, ressaltou.
Roberta Larica explicou que existem basicamente quatro pilares básicos para a imunidade, sendo eles:
O indivíduo que tem alimentação mais saudável, mais variada, com menor deficiência de vitaminas C, D e zinco, de nutrientes em geral, é um indivíduo mais forte, imunologicamente falando;
É a porta de entrada para vírus e bactérias. Pessoas que não tenham o intestino saudável estão mais predispostas à contaminação viral. Deve-se manter uma alimentação limpa, orgânica, mais saudável, livre de processados, com menos carne vermelha, açúcar. E, por outro lado, deve-se aumentar a ingestão de prebióticos e probióticos, mantendo uma microbiota intestinal saudável, como se fosse uma barreira de proteção imunológica contra vírus;
Um sono reparador, de sete a oito horas por noite, é muito importante. Dormir pouco afeta o hormônio do stress;
O stress, a ansiedade, o excesso de preocupação, a forma de lidar com as situações, podem afetar os níveis hormonais, baixando o sistema imunológico. É muito importante o gerenciamento disso, buscando exercícios ao ar livre, a meditação, a yoga, atividades que distraiam, como cozinhar, conversar, ler, fazer coisas que ajudem a trabalhar o stress.
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