Por conta do risco de deslizamento de uma pedra no Morro do Jaburu, a Prefeitura de Vitória entrou com um pedido e obteve nesta quinta-feira (23) uma ordem judicial que possibilita a remoção imediata de 40 famílias do local.
A medida foi tomada após dois dias de mobilização na comunidade, pelas equipes da Defesa Civil, sem conseguir adesão das pessoas em risco. Além disso, a prefeitura oferece um bônus moradia para as famílias se mudarem para um novo lar, além de acomodação em abrigos municipais.
As famílias deverão deixar suas casas para que sejam iniciadas as obras de contenção dos blocos de pedra que colocam a comunidade em risco. Todas as famílias vão receber um benefício e já têm autorização para procurarem locais de residência durante o período da obra, estimado em seis meses, podendo ser prorrogado em função de condições climáticas ou de agravamentos que surjam durante as intervenções.
Segundo a coordenadora interina da Defesa Civil de Vitória, a engenheira civil Sidneia dos Santos, a mobilização do órgão foi motivada por dois fatores: a necessidade de remoção dos moradores para o início da obra - previsto para março - e a previsão de chuvas fortes para a cidade nesta semana. "Três famílias já encontraram suas novas casas. Vamos avaliar se atendem a critérios de segurança e de regularização. Um vez aprovadas, o processo entra na fase final e logo as famílias poderão fazer a mudança", disse.
Segundo Sidneia, há vagas para cinco famílias no abrigo municipal e estão sendo organizados novos espaços para o acolhimento temporário das demais famílias. O transporte dos móveis para os espaços de acolhimento será feito pela Central de Serviços. E as necessidades individuais de cada família serão acompanhadas e encaminhadas pela rede socioassintencial do município.
De acordo com a Prefeitura de Vitória, a encosta do Jaburu é monitorada desde 2007. Em março do ano passado, após visualização das rochas com uso de drone, a classificação subiu para o nivel 4, ou seja, alto risco.
A obra vai representar um investimento de aproximadamente R$ 2,6 milhões, com recursos oriundos do Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento (Finisa), da Caixa Econômica Federal. Os moradores dos imóveis na área de risco têm canais de comunicação direta com a Defesa Civil, além de participarem ativamente do Núcleo de Proteção e Defesa Civil (Nupdec) local, integrado por moradores voluntários devidamente treinados para atuarem em prevenção e em emergências.
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