Uma diarista de 36 anos, que teve o corpo queimado pelo ex-marido, no bairro Jardim Tropical, na Serra, na noite do último sábado (8), deve passar por uma cirurgia na terça-feira (11), de acordo com familiares. A vítima permanece internada em estado grave na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Jayme dos Santos Neves, também no município.
A mulher teve queimaduras de terceiro grau no peito, nos dois braços e em todo o rosto. "Ela vai ter que fazer a cirurgia no pescoço pra facilitar a respiração porque ela não está conseguindo respirar sozinha, somente com aparelhos", disse uma das irmãs, de 45 anos.
A diarista foi internada após o ex-marido, um cadeirante, atear fogo no corpo dela em frente aos filhos. Segundo informações de testemunhas, a vítima havia saído da residência para ir à casa de uma vizinha para fazer sopa para os dois filhos. O ex-marido havia retirado o botijão de gãs da casa da diarista sobre o pretexto de que havia sido pago por ele.
Desde a separação, o cadeirante passou a morar em cima da casa da ex-esposa, onde reside os pais do suspeito. A diarista morava no local com a filha de 5 anos de um relacionamento anterior e com o filho do casal, de apenas dois anos. Também estavam na casa duas sobrinhas da diarista, ambas adolescentes de 17 anos, que passavam o final de semana com a tia.
Ao retornar para casa enquanto a sopa cozinhava na casa da vizinha, a diarista foi surpreendida pela presença do ex-marido. No local, ele havia trancado o portão de acesso à casa, impedindo que a vítima entrasse, jogou álcool e ateou fogo.
Em meio ao desespero, uma das sobrinhas da vítima conseguiu jogar água sobre o corpo da tia e apagar parte das chamas. As sobrinhas receberam ajuda de vizinhos que acionaram uma ambulância do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu).
A Polícia Militar foi acionada e compareceu no local do fato e fez buscas pelo suspeito. Mas, segundo a Polícia Civil, ele não foi localizado até o momento. O caso segue sob investigação da Delegacia Especializada de Homicídio e Proteção à Mulher (DHPM). Outras informações não serão repassadas para não atrapalhar a investigação.
Denúncias que podem ajudar o trabalho da polícia podem ser feitas por meio do Disque-Denúncia 181 ou pelo site do Disque-Denúncia. O sigilo e anonimato são garantidos.
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