Mulheres organizaram, neste sábado (7), uma caminhada contra o feminicídio, em Jardim Carapina, na Serra. Exemplo de superação e resiliência após ter quase metade do corpo queimada pelo ex-marido, a doméstica Marciane Pereira dos Santos participou do ato.
A caminhada foi organizada pelo grupo Mulheres Guerreiras de Jardim Carapina. A concentração aconteceu às 8h. Depois, elas saíram pelas ruas do bairro com cartazes pedindo o fim dos feminicídios.
Marciane, que teve uma das pernas amputadas por causa das queimaduras causadas pelo ex-marido, participou em uma cadeira de rodas. "Todo dia para mim é um recomeço. Eu não queria que tivesse acontecido isso comigo para eu estar no meio delas. Mas já que aconteceu e hoje eu estou no meio delas, é gratidão", disse.
Em 2020, dos oito casos de mortes violentas de mulheres no Estado, quatro foram registrados como feminicídio, um crime de ódio baseado no gênero. Em 2019, 33 mulheres foram vítimas de feminicídio no Espírito Santo.
A diarista Marciane teve o corpo incendiado na casa onde mora, no bairro Jardim Tropical, na Serra, no dia 8 de setembro de 2018.
Segundo testemunhas, ela voltava para casa quando foi surpreendida e encurralada pelo ex-marido. André Luiz dos Santos, que é cadeirante, responde por tentativa de homicídio e foi preso. À polícia, ele confessou o crime e disse que foi motivado por ciúmes.
(Com informações da TV Gazeta).
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