Das 34 mortes por coronavírus no Brasil, 31 são de pessoas com mais de 60 anos, segundo dados da secretarias de Estado da Saúde de São Paulo e do Rio de Janeiro, divulgados na última segunda-feira (23). Praticamente todas as mortes são de pessoas que fazem parte de um grupo mais sensível à doença: os idosos. O Espírito Santo não registrou nenhum óbito por Covid-19.
A primeira vítima foi um homem de 62 anos que morava na cidade de São Paulo e tinha histórico de diabetes e hipertensão, no dia 17 de março. Além das mortes registradas de idosos nos últimos seis dias, há três pessoas com menos de 60 anos, sendo duas em São Paulo e outra no Rio de Janeiro. Entretanto, todas tinham algum tipo de comorbidade, condição que, assim como no caso dos idosos, configura grupo de risco.
O Espírito Santo não registrou nenhuma morte por coronavírus até segunda-feira (23), são 33 casos confirmados da doença. Apesar de não haver mortes no Estado, os especialistas apontam que os cuidados para evitar o contágio e transmissão são fundamentais, principalmente do grupo de risco, que é mais propenso a desenvolver complicações da doença. Isso porque o Estado tem a oitava maior população idosa do país proporcionalmente, com 636 mil idosos, que são aquelas pessoas com 60 anos ou mais, segundo projeção do IBGE de 2019. Isso representa uma fatia de 15,8% da população capixaba. Em Vitória, a proporção sobe para 19,7%, a terceira mais alta entre capitais do Brasil. A média no país é de 16,2%.
Apesar de não haver mortes no Estado, os especialistas apontam que os cuidados para evitar o contágio e transmissão são fundamentais, principalmente do grupo de risco. Isso porque o Estado tem a oitava maior população idosa do país proporcionalmente, com 636 mil idosos, que são aquelas pessoas com 60 anos ou mais, segundo projeção do IBGE de 2019. Isso representa uma fatia de 15,8% da população capixaba. Em Vitória, a proporção sobe para 19,7%, a terceira mais alta entre capitais do Brasil. A média no país é de 16,2%.
Para o infectologista e professor da Ufes Crispim Cerutti Júnior, a doença pode evoluir mais rápido em idosos porque o corpo humano possui um sistema de defesa organizado para evitar ameaças representadas por qualquer agente infeccioso, mas esse sistema enfraquece com o avançar da idade e fica ainda mais comprometido quando o organismo já foi atingido com alguma patologia crônica.
Todos aqueles que têm uma condição mórbida crônica, doenças reumatológicas de forma geral, insuficiência de órgãos, os pneumopatas, neuropatas e pessoas que têm deficiência de mobilidade estão no grupo de risco. Todas são doenças que comprometem a capacidade das pessoas de se defenderem do agente infeccioso. Essas pessoas, a rigor, nessa época, deveriam permanecer em casa por causa da exposição, alertou.
A infectologista Rubia Miossi esclarece que, principalmente os idosos, podem apresentar quadro grave porque a imunidade diferente de um jovem e a resposta do organismo é enfraquecida. Há um tempo as pessoas não viviam tanto. O organismo de um idoso é mais fraco e, geralmente, ele já possui doenças associadas, como diabetes, hipertensão e outras doenças crônicas que agravam o risco dessas pessoas, finalizou.
Crispim acrescenta que o isolamento social continua sendo a forma mais eficaz de evitar o contágio. Temos uma doença altamente transmissível com um número de casos ainda pequeno e nenhuma evolução desfavorável. Nesse nível são duas formas de enfrentamento: proteção ao grupo de risco e a proteção individual, como lavar as mãos e não ter contato físico. Somente quando a epidemia aumentar que o foco deixa de ser a contenção para ser a assistência de boa qualidade, mas o sistema já deve estar preparado para isso. finalizou.
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