A evolução do número de casos de infectados por coronavírus no Espírito Santo registrou um crescimento significativo nesta quarta-feira (1º), em relação aos últimos dias. De acordo com o governador Renato Casagrande (PSB), em entrevista ao UOL, somente até o meio-dia desta quarta, já foram registrados 17 casos no Estado. Nos dias anteriores, a média vinha sendo de 7 a 12 confirmados por dia.
O governador divulgou o dado ao ser questionado pelo jornalista Josias de Souza sobre qual é a expectativa do governo para a duração das medidas de restrições à circulação.
"Quem causa a crise é a pandemia. As medidas de contenção é um remédio que salva vidas. Vamos ter restrições à mobilidade e ao contato por alguns meses. É praticamente impossível dizer o tempo com atividades econômicas paralisadas. Aqui, fechamos com 97 pessoas confirmadas, e tínhamos, de 7 a 12 confirmados por dia, mas a primeira análise de dados que fizemos hoje já são 17 a até o meio-dia. O processo de crescimento de pessoas contaminadas pelo vírus vai crescendo exponencialmente. É uma medida que vamos avaliando a cada momento", afirmou.
O governador disse ainda que as restrições com certeza vão até julho, agosto, ou quem sabe um pouco mais adiante.
"O que vai definir se uma atividade ficará efetivamente fechada vai ser disciplina das pessoas, para que evitem o contato, os vetores, transmissores do vírus. Se as pessoas não compreenderem a necessidade de manterem o distanciamento uma das outras, podemos ter muita dificuldade, e aí poderá vir uma obrigação, um fechamento mais intenso".
Questionado sobre o temor de angústia social, como a ocorrência de saques e aumento da violência em consequência da crise, o governador reafirmou a necessidade de compreensão do distanciamento social obrigatório , por parte das pessoas, e da ajuda daquelas famílias com maior poder aquisitivo.
"Ou a gente faz um trabalho de proteção social forte e de proteção às empresas, ou vamos ter desequilíbrio na sociedade, convulsões sociais. Precisamos que essas medidas se efetivem nas famílias pobres. E aquelas que estão estruturadas, que possam 'adotar' outras famílias, para nos ajudar a passar por esses meses que vamos ter pela frente", disse.
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