Projetos idealizados por engenheiros em parceria com institutos e empresas privadas vão fabricar e fornecer, gratuitamente, escudos faciais para proteger profissionais da saúde contra o novo coronavírus. Pelo menos duas iniciativas desse tipo estão em andamento. Uma delas já doou cerca de 400 escudos a hospitais do Estado e estima chegar à marca de três mil. Outra, de professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), quer fabricar 150 mil escudos.
Ambos os projetos produzem os escudos através de uma impressora 3D. A peça é uma barreira física transparente entre o paciente e o médico ou enfermeiro, podendo ser higienizada e reutilizada. Os protetores não substituem as máscaras e os óculos, mas são uma primeira camada de proteção.
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No Espírito Santo, duas pessoas morreram e, até às 17h desta quinta-feira (02), 139 testaram positivo para a Covid-19.
Um dos projetos, intitulado Escudo Solidário, foi idealizado pelo engenheiro mecânico Allan Assad. Como os envolvidos estão atuando de maneira voluntária, a ideia tem apoio de empresas privadas
A ideia surgiu através de uma demanda de médicos que procuraram, por conta da falta do EPI[ Equipamento de Proteção Individual], para os profissionais de saúde que estão de frente ao combate do Covid-19. Criamos uma equipe com pessoas que trabalham com cultura maker no estado. Tem pessoas de todos os tipos, empresas, o Ifes [Instituto Federal do Espírito Santo] entrou em contato ontem, disse Allan.
Cada máscara, ou escudo, leva entre 30 minutos e uma hora para ficar pronta. Na quarta-feira (1º), foram distribuídos 100 escudos, que já estão sendo utilizados. Nesta quinta-feira (2), a estimativa é doar outras 300 unidades.
É muito gratificante a gente utilizar o conhecimento que a gente tem para contribuir com uma situação dessa, disse Allan.
Um segundo projeto é organizado por professores da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Eles pretendem produzir 150 mil escudos.
Estamos usando placas de acetato, que são cortadas numa máquina a laser, elástico e injeção de plástico para fazer o suporte, explica o professor do Departamento de Engenharia Elétrica Marcelo Segatto.
Segundo ele, o projeto já conta com parcerias da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), empresas privadas e de um grupo de desenvolvedores capixaba.
É algo caro e trabalhoso, mas, em dez dias, com a chegada dos insumos, vamos começar a produzir cerca de quatro mil escudos por dia, prevê Segatto.
Na Ufes, o projeto envolve oito professores dos cursos de Engenharia Elétrica, Engenharia Mecânica, Engenharia de Produção e Matemática.
Os docentes estão participando de todas as etapas, desde a concepção do projeto de fabricação, até o corte da peça, passando pela captação de recursos de empresas privadas.
De acordo com o professor, se houver excedente na produção, será possível repassar para outros estados do país, disse.
Com informações da TV Gazeta.
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