A presença de um novo coronavírus tem deixado o mundo em alerta para uma epidemia. Mas qual a diferença entre um simples resfriado, uma gripe qualquer ou algo mais grave? A Gazeta ouviu infectologistas para que pudessem apontar os sintomas e as diferenças esses tipos de doenças respiratórias.
Quando uma pessoa fala que ela está gripada, na grande maioria das vezes ela está com um resfriado comum, segundo o infectologista Tálib Moysés Moussallem. "O resfriado comum é uma doença caracterizada por congestão e secreção nasal. Pode ter um pouco de tosse, dor de cabeça e, eventualmente, febre baixa. Na maioria das vezes se resolve sozinho em no máximo em uma semana. O resfriado é tratado com analgésicos, hidratação e soro para limpar o nariz, prescritos por médico. O tratamento é em casa", pontuou.
Em diferentes graus de gravidade, os médicos ouvidos são unânimes em afirmar que o coronavírus é mais danoso ao organismo humano. "Todos são vírus diferentes, mas que comprometem o aparelho respiratório, uns mais graves outros nem tanto. Porém, o número de pessoas que evolui para a forma grave com o coronavírus é maior e, consequentemente, a letalidade também. O coronavírus afeta a superfície respiratória dos pulmões, causando insuficiência respiratória", observou o infectologista Crispim Cerruti Júnior.
O coronavírus e o vírus da influenza têm como sintoma comum a febre alta, que não é apresentada no resfriado. A maior dificuldade é identificar quando é a gripe influenza e quando é coronavírus. "São vírus diferentes, mas causam síndromes gripais parecidas e que só conseguimos diferenciar fazendo os exames de sequenciamento genético do que está acometendo o trato respiratório do paciente. A diferença só se identifica com o exame", observou a infectologista Rúbia Miossi.
De acordo com o médico Moussalem, o coronavírus é um vírus conhecido desde o século XX e causava de 10 a 30% dos resfriados comuns. A partir do século XXI, passaram a ser identificados coronavírus que podiam causar doenças com sintomas semelhantes à da influenza. "São vírus que conseguiram se recombinar de animais passando para seres humanos, se adaptaram, o que não tínhamos conhecimento. Ainda não temos tratamento para ele específico", pontuou.
O médico apontou que contra o vírus da gripe influenza já há vacina e orientou: "É fundamental que assim que começar a campanha de gripe todos se vacinem. Ela não protege contra o coronavírus, mas ela protege contra gripe que é mais disseminada no nosso meio. Caso o coronavírus chegue no Espírito Santo, já ajuda os médicos a descartarem alguns diagnósticos".
AS DIFERENÇAS
RESFRIADO
GRIPE INFLUENZA
CORONAVÍRUS
Vale ressaltar que as três doenças tem transmissão semelhante: contato com gotículas da doença. Por isso, mantenha distância de dois metros de pessoas com sintomas, lave as mãos com frequência, limpe-as com álcool em gel, evite o contato com olhos, boca e nariz, siga as regras de etiqueta ao tossir e evite aglomerações.
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